O Brasil deu um passo significativo no avanço tecnológico em regiões remotas com o anúncio da implantação da rede de quinta geração (5G) na Estação Antártica Comandante Ferraz, a base brasileira no continente gelado.
Cerimônia de anúncio e participantes
O acordo de cooperação foi formalizado durante uma cerimônia realizada na Embaixada da Itália, em Brasília, nesta semana. A parceria envolve o Ministério das Comunicações, a TIM, a Marinha do Brasil e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Estiveram presentes na assinatura do documento importantes autoridades, incluindo Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil, e Alessandro Cortese, Embaixador da Itália. Pelo governo brasileiro, participaram as ministras Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Margareth Menezes (Cultura), além dos ministros Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) e José Múcio (Defesa), e Carlos Baigorri, presidente da Anatel.
Impacto na pesquisa científica
O Contra-Almirante Robledo, Secretário da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, enfatizou a importância estratégica desta conquista tecnológica. Ele destacou que, enquanto a conexão 4G fornecida pela TIM em 2022 já permitia comunicação e envio de dados, o 5G possibilitará a transmissão em tempo real.
"Num ambiente extremo como é a Antártica, a tecnologia faz toda diferença para segurança e apoio logístico das atividades realizadas", declarou o militar.
Segundo dados da TIM, apenas em 2025, mais de 180 pesquisadores de 29 projetos selecionados pelo CNPq participaram de missões de pesquisa na estação brasileira. A partir de 2026, com a implementação do 5G, os dados coletados nos levantamentos e estudos antárticos passarão a ser transmitidos instantaneamente.
Benefícios para a ciência nacional
Esta evolução tecnológica representa um avanço significativo para a pesquisa científica brasileira. A transmissão em tempo real vai acelerar consideravelmente os resultados das investigações e possibilitar o alcance global das pesquisas climáticas, ambientais e de telemetria desenvolvidas pelo Brasil no continente antártico.
O projeto consolida a presença tecnológica brasileira em uma das regiões mais inóspitas do planeta, reforçando o compromisso do país com o desenvolvimento científico e a inovação em condições extremas.