O ano de 2025 se despede dos céus com um espetáculo astronômico marcante: a última superlua ocorre nesta quinta-feira, 4 de setembro. O fenômeno, que encanta observadores e curiosos, promete uma lua cheia excepcionalmente brilhante e aparentemente maior no horizonte.
O que é uma superlua e quando observar
O evento acontece quando a fase de Lua cheia coincide com o momento de maior aproximação do satélite com a Terra, ponto conhecido como perigeu. Nesta ocasião, a Lua estará cerca de 27,3 mil quilômetros mais próxima do nosso planeta. Essa proximidade faz com que ela apareça no céu até 10% maior e significativamente mais brilhante do que uma lua cheia comum.
Para muitos astrônomos, o termo "superlua" se aplica quando a Lua cheia ou nova ocorre a 360 mil quilômetros ou menos da Terra. Outros especialistas consideram o fenômeno válido quando a fase cheia acontece em um curto intervalo de tempo em relação ao perigeu.
O ápice do fenômeno está previsto para as 20h13 no horário de Brasília. No entanto, o melhor momento para apreciar o espetáculo será logo após o pôr do sol, quando a Lua nasce no horizonte. Os horários do nascimento da Lua variam conforme a cidade:
- São Paulo: por volta das 18h43.
- Rio de Janeiro: aproximadamente às 18h27.
Uma observação de qualidade depende de condições climáticas favoráveis e da escolha do local. Recomenda-se buscar áreas com boa visibilidade do horizonte leste e, preferencialmente, longe da poluição luminosa das grandes cidades.
A "ilusão lunar" e o tom amarelado
Quem observar a Lua no horizonte pode testemunhar a famosa "ilusão lunar". Esse efeito óptico, ainda sem uma explicação científica definitiva, faz com que nosso cérebro perceba objetos no horizonte – incluindo a Lua – como maiores do que realmente são. A ilusão é potencializada quando comparamos o satélite com objetos no primeiro plano, como árvores ou prédios.
Outra característica marcante é a cor. Ao nascer, a superlua pode apresentar um tom amarelado ou alaranjado. Isso ocorre porque a luz refletida percorre uma distância maior na atmosfera para alcançar nossos olhos. Nesse trajeto mais longo, as ondas de luz azul se dispersam, deixando predominar as ondas vermelhas e amarelas. Conforme a Lua sobe no céu e o caminho da luz diminui, sua aparência tende a ficar mais branca ou azulada.
A variação no tamanho aparente da Lua ao longo do mês se deve à sua órbita elíptica (oval), e não perfeitamente circular. Nesse percurso, ela alterna entre o ponto mais próximo (perigeu) e o mais distante (apogeu) da Terra.
Popularização da astronomia e próximos eventos
Apesar de debates entre especialistas sobre a definição técnica, o conceito de superlua se popularizou e foi adotado pela comunidade científica como uma ferramenta valiosa para aproximar o público da astronomia.
Vale lembrar que cada lua cheia do ano carrega um nome descritivo, originado principalmente de tradições indígenas e coloniais norte-americanas, mas que se espalharam pelo mundo. A superlua de setembro, por exemplo, é tradicionalmente chamada de Lua do Milho.
Para quem já sente saudade, a boa notícia é que 2026 promete três superluas. A primeira acontecerá logo em 3 de janeiro. Depois, haverá uma longa pausa até 24 de novembro, com a última do ano ocorrendo em 24 de dezembro de 2026, um presente celestial para o Natal.
Portanto, se o tempo colaborar, vale a pena levantar os olhos para o céu nesta quinta-feira e testemunhar a despedida brilhante da Lua em 2025.