
Parece que o sonho de viajar de avião por preços populares ainda não decolou de verdade. O programa Voa Brasil, lançado com pompas pelo governo, está patinando feio — e os números não mentem. Das ambiciosas 3 milhões de passagens prometidas, só 45 mil foram vendidas até agora. Algo entre o frustrante e o previsível, não?
Quem acompanha o setor aéreo já sacou: tem cheiro de problema crônico. "É aquela velha história", diz um agente de viagens de São Paulo que prefere não se identificar. "Prometem o céu, mas na hora de comprar é um parto. Site travando, regras confusas, desconto que some quando você vai pagar..."
Onde foi que o programa tropeçou?
Analisando de perto, três fatores explodiam na cara desde o início:
- Divulgação capenga — Quase não se viu campanhas explicando direito como funcionava
- Buracos na logística — Muitos aeroportos regionais ficaram de fora do programa
- Preço que não convence — Em algumas rotas, a diferença para passagens normais era mixaria
Não à toa, o pessoal das redes sociais tá fazendo a festa. "Pagaram de salvadores da pátria, mas esqueceram de avisar que só valia pra quem mora no eixo Rio-São Paulo", ironizou um usuário no X (antigo Twitter).
E agora, José?
O Ministério do Turismo — que lidera a iniciativa — jura de pé junto que vai "recalibrar as ações". Na linguagem de Brasília, isso significa que provavelmente vão:
- Jogar mais grana em marketing
- Ampliar o número de rotas participantes
- Simplificar o processo de compra (tomara!)
Enquanto isso, o brasileiro médio continua fazendo as contas: às vezes compensa mais pegar um ônibus leito ou esperar aquela promoção relâmpago das companhias aéreas. Triste, mas é a realidade.
E você? Tentou comprar passagem pelo Voa Brasil? Como foi sua experiência? Conta pra gente nos comentários — se é que conseguiu, claro.