
Parece que o dinheiro está fluindo feito água no deserto para as operadoras de planos de saúde – e não é pouco não. Só nos primeiros seis meses de 2025, o setor embolsou nada menos que R$ 12,9 bilhões em lucro líquido. Um número que faz a cabeça girar, né? A gente aqui se virando nos trinta pra pagar as mensalidades que não param de subir.
Os dados, divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostram um salto e tanto: 36,5% a mais que no mesmo período do ano passado. A receita líquida? Bem, essa chegou à casa dos R$ 217,7 bilhões. Alguém aí duvida que a saúde virou um negócio da China – ou melhor, do Brasil?
O que explica essa farra de lucros?
Bom, a ANS aponta alguns motivos. Primeiro: aumento no número de pessoas com planos. Sim, a base de clientes cresceu 2,5% em um ano, chegando a 51,7 milhões de usuários. Mais gente pagando, menos gente usando? A conta parece fechar, mas a gente desconfia que não é só isso.
Outro fator: reajustes nos preços dos planos. Quem tem plano sabe – todo ano a mensalidade dá um pulo, e 2025 não foi diferente. A autorização para aumentos em planos individuais e familiares foi de até 9,79%, lembra? Pois é.
E tem mais: queda nas despesas com assistência à saúde. Sim, as operadoras gastaram menos com procedimentos, consultas e internações. Será que a gente está mais saudável? Ou será que está mais difícil marcar uma consulta com aquele especialista?
E o que isso significa na prática?
Olha, é aquela velha história: de um lado, acionistas felizes; do outro, consumidores perplexos. Enquanto os lucros batem recordes, a gente fica se perguntando se realmente está recebendo um serviço à altura do que paga.
Não é à toa que a ANS resolveu dar uma olhada mais de perto nisso. Eles já sinalizaram que vão revisar as metas de qualidade e criar um novo índice de satisfação do usuário. Algo me diz que a régua vai subir – e não vai ser pouco.
E aí, o que você acha? Lucro recorde é sinal de eficiência – ou de que algo está muito desequilibrado nessa equação?