Os números não mentem — e os que acabaram de sair do forno pintam um retrato fascinante de Sergipe. O IBGE divulgou nesta quarta-feira (27) os primeiros dados do Censo 2025, e a coisa está longe de ser monótona.
O estado já conta com 2.403.674 habitantes, um aumento considerável desde a última contagem. Mas aqui vai o pulo do gato: enquanto a região metropolitana de Aracaju segue engolindo gente — virou um ímã populacional, né? —, algumas áreas do interior parecem estar num impasse demográfico.
Aracaju: onde o asfalto encontra a multidão
A capital, sozinha, respira e transpira vida urbana. São mais de 692 mil pessoas só dentro dos seus limites, tornando-a não apenas a maior cidade, mas também o coração pulsante do estado. Quem diria, hein?
E não para por aí. Junte Aracaju com Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão e pronto: você tem uma região metropolitana que abriga sozinha quase 40% de toda a população sergipana. É gente pra caramba concentrada num raio de poucos quilômetros.
O interior: entre a tradição e o esvaziamento
Enquanto a capital fervilha, municípios como Canhoba, Telha e General Maynard não chegam a 4 mil habitantes cada. São lugares onde todo mundo se conhece — e onde o censo é quase uma conversa entre vizinhos.
Numa dessas cidades menores, o recenseador deve bater papo, tomar um café e ainda sair de lá com a história de vida de metade da rua. Já em Aracaju, nem sempre é assim — a correria é outra, o ritmo é outro.
E os municípios?
Itabaianinha e Itabaiana seguem na briga pelo título de maior cidade do interior. A primeira puxa pela tradição e localização; a segunda, pela força econômica e proximidade com a capital. Quem leva a melhor? Só o censo definitivo dirá.
Sim, porque esses dados são só uma prévia. A coleta total ainda segue em andamento — e pode trazer surpresas. Sem falar nas subnotificações, sempre um fantasminha pairando sobre pesquisas demográficas.
O que já está claro, no entanto, é que Sergipe não é um estado só. São muitos dentro de um: o urbano, o rural, o litorâneo, o sertanejo. Cada um com seus desafios, cada um contando sua própria história através dos números.
E você? Já recebeu a visita do recenseador?
