OMS: 6 prioridades globais combatem doenças infecciosas como HIV e malária
OMS define 6 prioridades contra doenças infecciosas

OMS alerta: doenças infecciosas seguem como ameaça global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém o alerta máximo contra as doenças infecciosas, que continuam representando um dos maiores desafios para a saúde pública mundial. Um dado preocupante revela que seis das dez principais prioridades da organização estão diretamente relacionadas a males transmissíveis ou problemas decorrentes dessas enfermidades.

As três grandes ameaças

Entre as doenças mais devastadoras, as chamadas "três grandes" - HIV/Aids, tuberculose e malária - permanecem ceifando milhões de vidas anualmente. O HIV já causou mais de 40 milhões de mortes desde o início da epidemia, embora os tratamentos tenham evoluído significativamente.

No Brasil, os dados de 2023 mostram um cenário misto: houve um leve aumento nos casos de infecção por HIV, mas a taxa de mortalidade registrou 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, representando a menor taxa em uma década.

A tuberculose mantém sua posição como uma das doenças infecciosas mais letais do planeta, afetando aproximadamente 10 milhões de pessoas e causando mais de um milhão de mortes por ano, situação que mantém o Brasil em constante estado de atenção.

Já a malária apresentou números alarmantes em 2022, com cerca de 249 milhões de casos e aproximadamente 600 mil mortes em escala global.

Dengue: ameaça crescente no Brasil

Em um fenômeno mais recente, a dengue emergiu como uma preocupação significativa para a saúde pública brasileira. Em 2023, o país liderou o número de casos no mundo, registrando cerca de 2,9 milhões de infecções, o que destaca a necessidade de estratégias específicas para conter o avanço da doença.

As seis frentes prioritárias da OMS

Diante desse cenário desafiador, a OMS direciona seus esforços para seis áreas estratégicas:

  • Combater a resistência antimicrobiana, considerada um dos maiores riscos à medicina moderna
  • Garantir preparação contra pandemia de gripe e outros patógenos com alto potencial de surto
  • Proteger populações em situações de fragilidade e vulnerabilidade onde doenças endêmicas ressurgem
  • Vencer a relutância vacinal, que compromete a proteção coletiva
  • Avançar no combate a HIV, tuberculose e malária
  • Fortalecer a pesquisa e vigilância contra ebola e outras febres hemorrágicas

Diagnóstico preciso: a chave para o controle

Nesse contexto de múltiplas ameaças, o diagnóstico assume papel fundamental como ferramenta essencial no enfrentamento das doenças infecciosas. Um diagnóstico de qualidade funciona como bússola que orienta as decisões clínicas e direciona tratamentos adequados.

Em doenças infecciosas, a rapidez na identificação do patógeno - seja vírus, bactéria, fungo ou parasita - e, no caso bacteriano, seu perfil de resistência, é crucial para o tratamento eficaz. Isso aumenta as chances de cura, facilita o controle de epidemias e combate a resistência antimicrobiana, evitando o uso inadequado de antibióticos.

Realidade brasileira: investimentos aquém da necessidade

Apesar da importância comprovada do diagnóstico, o Brasil ainda dedica atenção desproporcionalmente baixa a essa área em comparação com outros elos da cadeia de saúde. Estima-se que, enquanto 70% das decisões clínicas são influenciadas pelo diagnóstico, os investimentos em diagnóstico in vitro representam apenas uma pequena fração do gasto total em saúde.

Essa disparidade representa não apenas uma ineficiência, mas um verdadeiro desperdício de recursos. Estudos internacionais indicam que cada dólar investido em diagnóstico precoce e preciso pode gerar economia significativa de aproximadamente 5 a 7 dólares em despesas hospitalares e tratamento de complicações.

No contexto brasileiro, essa lacuna resulta em diagnósticos tardios ou incorretos, levando a internações prolongadas, uso excessivo de medicamentos caros e manejo de sequelas evitáveis, sobrecarregando o Sistema Único de Saúde (SUS) e toda a economia nacional.

Inovações tecnológicas em diagnóstico

Atualmente, existem soluções de diagnóstico in vitro que aceleram significativamente a identificação de patógenos. Entre elas destacam-se:

A plataforma cobas® 5800, que utiliza tecnologia de biologia molecular essencial para diagnóstico de HIV, tuberculose e hepatites virais.

O sistema digital de gestão navify® Analytics Molecular, que oferece automação, consolidação de testes e padronização aos serviços de saúde, contribuindo diretamente para redução do erro diagnóstico e melhora na vigilância epidemiológica.

Testes como o HCV Duo, capaz de detectar o vírus da hepatite C no início da contaminação, reduzindo em quatro semanas a janela imunológica da doença através de detecção dupla que identifica tanto anticorpos quanto antígenos do vírus.

Diante da urgência global e das necessidades locais, as empresas especializadas em diagnóstico desempenham papel crucial ao levar inovação e eficiência para os laboratórios clínicos, fortalecendo assim todo o sistema de saúde.