
Imagine se preparar por meses para o grande dia — a chegada do seu bebê — e, de repente, descobrir que o hospital onde você planejou dar à luz simplesmente fechará as portas. Foi exatamente isso que aconteceu com dezenas de gestantes em São Paulo nesta semana.
A maternidade do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), referência na capital paulista, anunciou seu fechamento sem aviso prévio. Uma decisão que pegou todo mundo de surpresa — principalmente as futuras mamães, é claro.
"Fiquei em choque", relata gestante de 8 meses
"Recebi a notícia por um grupo de WhatsApp de mães. Nem acreditei a princípio", conta Juliana Moraes, 32 anos, que deveria ter seu primeiro filho lá em setembro. Agora? Terá que se deslocar até o Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch, no M'Boi Mirim — a nada convidativos 20 quilômetros de distância.
E olha que ela ainda está entre as "sortudas". Algumas mulheres com partos marcados para os próximos dias tiveram que remarcar consultas, exames e até remanejar toda a logística familiar às pressas.
O que diz a prefeitura?
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a medida foi necessária para "reorganizar a rede". Mas convenhamos — reorganização com zero aviso prévio? Soa mais como desorganização, não?
- Atendimentos emergenciais continuam no HSPM
- Partos eletivos e acompanhamento serão transferidos
- Novas gestantes devem se cadastrar diretamente no M'Boi Mirim
E tem mais: o hospital destino já opera com capacidade próxima ao limite. Será que vai dar conta do recado? A prefeitura garante que sim, mas as futuras mamães — essas sim especialistas no assunto — estão ceticamente arqueando as sobrancelhas.
O que fazer se você está grávida e foi afetada?
- Entre em contato imediatamente com sua unidade básica de saúde
- Verifique seu direito a transporte gratuito, se necessário
- Exija seu prontuário médico completo para levar à nova unidade
Ah, e prepare o coração — o trajeto até o M'Boi Mirim, dependendo de onde você mora na cidade, pode ser... digamos, uma verdadeira prova de fogo para uma gestante no terceiro trimestre. Ônibus lotados, metrô distante e trânsito caótico — a combinação perfeita para estressar até a mais zen das futuras mamães.
Enquanto isso, nas redes sociais, o burburinho é grande. De memes ácidos a desabafos emocionados, uma coisa é certa: ninguém está feliz com essa mudança de última hora. E você, o que acha? Medida necessária ou mais um descaso com a saúde das mulheres paulistanas?