
Era para ser um dia de renovação. Um recomeço. Mas terminou em tragédia. Maria (nome fictício), 24 anos, estudante do 5º ano de medicina, não voltou para casa após uma lipoaspiração em clínica de Cuiabá. O que deveria ser rotina — afinal, o Brasil é o segundo país no mundo em cirurgias plásticas — virou pesadelo.
Segundo relatos, a jovem passou mal ainda na mesa de operação. "Ela começou a ter taquicardia e pressão caiu drasticamente", contou uma fonte do hospital que pediu anonimato. Tentaram reanimá-la por mais de uma hora. Não adiantou.
O outro lado da beleza
Não é a primeira vez que isso acontece. Só em 2024, o Conselho Federal de Medicina registrou 47 óbitos em procedimentos estéticos. E olha que são só os casos notificados — a subnotificação é gigante, como bem sabemos.
- Anestesia mal administrada? Talvez.
- Falta de estrutura? Pode ser.
- Pressa do profissional? Não duvido.
O caso tá sendo investigado pelo CRM-MT, mas já virou polêmica nas redes. "Como uma futura médica, ela deveria saber dos riscos", comentou um usuário. Outros rebatem: "Ninguém espera morrer por um simples procedimento".
O que dizem os especialistas
Dr. Renato Alves, cirurgião plástico com 20 anos de experiência, foi categórico: "Todo procedimento tem risco. Até tirar um ciso. O problema é quando minimizam os perigos pra vender mais". Ele ainda soltou: "Tem clínica por aí funcionando como se fosse salão de beleza. É assustador".
A família da estudante — que preferiu não se identificar — tá arrasada. "Ela era saudável, cheia de planos...", disse uma prima entre lágrimas. A faculdade onde Maria estudava declarou luto oficial de três dias.
Enquanto isso, a clínica emitiu nota dizendo que "seguiu todos os protocolos" e que está colaborando com as investigações. Só que, convenhamos, de pouco adianta agora.