
O Brasil está enfrentando uma situação preocupante quando o assunto é dengue. Os números não mentem — e, convenhamos, estão longe de ser animadores. Só neste ano, já foram registrados mais de 1,6 milhão de casos prováveis da doença. Um aumento absurdo se comparado ao mesmo período do ano passado.
Mas por que tanta gente está pegando dengue? A resposta é simples (e ao mesmo tempo complexa): o mosquito Aedes aegypti está se reproduzindo como nunca. E olha que não é por falta de aviso — todo mundo sabe que água parada é um convite para o bicho se multiplicar.
Os estados mais afetados
Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal estão no topo do ranking — juntos, respondem por quase 60% dos casos do país. Quem diria que o mosquito teria preferências regionais, né? Mas a verdade é que o problema está espalhado por todo o território nacional.
E tem mais: já foram confirmadas 561 mortes por dengue em 2024. Um número que dá arrepios. A maioria das vítimas? Pessoas com doenças pré-existentes, idosos e crianças. Ou seja, justamente os mais vulneráveis.
Sinais de alerta
Você sabe reconhecer os sintomas da dengue? Febre alta, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo... Parece gripe, mas não é. E aqui vai um conselho de quem já viu muita gente passar por isso: ao primeiro sinal, corra para o médico. Nada de ficar se automedicando — isso pode piorar tudo.
Ah, e tem a tal da dengue hemorrágica. Essa sim é para ficar de cabelo em pé. Sangramento, queda de pressão, confusão mental... Se aparecer qualquer um desses sintomas, é hospital na hora!
O que está sendo feito?
O Ministério da Saúde já liberou R$ 1,5 bilhão para os estados e municípios combatem a dengue. Dinheiro que, em tese, deveria estar sendo usado para:
- Contratação de agentes de endemias
- Compra de inseticidas
- Campanhas de conscientização
Mas vamos combinar: de nada adianta o governo fazer sua parte se a população não colaborar. Aquela tampinha de garrafa esquecida no quintal? Pode virar um criadouro. Aquele vaso de planta sem cuidado? Outro risco. O combate começa em casa — literalmente.
Vacina: esperança no horizonte?
Sim, existe vacina contra dengue. Mas — sempre tem um mas — ela ainda não está disponível no SUS. E mesmo quem pode pagar pela vacina particular precisa atender a alguns critérios. Basicamente, só pode tomar quem já teve dengue antes. Parece contraditório? Pois é, a medicina às vezes é assim mesmo.
Enquanto a vacina não chega para todo mundo, o jeito é apelar para o velho e bom repelente. E não é qualquer um não — tem que ser aqueles com icaridina ou DEET, que realmente funcionam contra o Aedes.
No fim das contas, a dengue é daquelas doenças que a gente só se dá conta do perigo quando bate na porta. Mas neste ano, com números tão alarmantes, não dá para ficar esperando acontecer. Melhor prevenir do que remediar — e no caso da dengue, esse ditado nunca fez tanto sentido.