Brasil sai do Mapa da Fome da ONU após quatro anos: o que isso significa?
Brasil sai do Mapa da Fome da ONU após 4 anos

Quatro anos se passaram desde que o Brasil entrou na lista negra da Organização das Nações Unidas (ONU) quando o assunto é fome. Agora, finalmente, respiramos aliviados. O país saiu do Mapa da Fome — e isso não é pouco, viu?

Parece até um daqueles filmes de superação, mas a realidade é bem mais complexa. A ONU considera que um país está nessa situação quando mais de 5% da população enfrenta subalimentação crônica. E, cá entre nós, bater essa meta não foi moleza.

O que mudou?

Ah, a pergunta que não quer calar. Alguns programas sociais — aqueles mesmos que muita gente critica sem saber direito como funcionam — tiveram papel crucial. O Auxílio Brasil, por exemplo, jogou uma boia para milhões de famílias que estavam quase afundando.

Mas não foi só isso. A retomada econômica pós-pandemia (sim, ainda estamos sentindo os efeitos dela) deu uma ajudinha. E olha só que curioso: a agricultura familiar, sempre aquele herói discreto, também entrou na jogada.

Números que falam

  • Queda de 36% na população subalimentada desde 2019
  • Mais de 10 milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave
  • Investimentos em políticas públicas aumentaram 22% no período

Mas calma lá, não vamos cantar vitória antes da hora. Especialistas alertam: a situação ainda é frágil como vidro fino. A inflação nos alimentos, aquela maldita, continua dando dor de cabeça. E tem gente que só não passou fome porque fez malabarismo no orçamento — cortando aqui, economizando ali.

O outro lado da moeda

Você acha que sair do Mapa da Fome significa que tá tudo resolvido? Ledo engano. Ainda temos 15 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar — mesmo que não seja a versão mais grave. É como se tivéssemos saído do vermelho, mas continuássemos no amarelo piscando.

E tem mais: desigualdade regional é um problema que teima em não sumir. Enquanto o Sul se sai bem, o Norte e Nordeste ainda patinam. Parece até que vivem em países diferentes, não é mesmo?

No fim das contas, a notícia é boa — mas não para festejar e sim para manter o pé no chão. Como dizia minha avó: "quando a esmola é demais, o santo desconfia". Melhoramos? Sim. Resolvemos o problema? Nem pensar.