
Não é todo dia que a gente recebe uma notícia capaz de aquecer o coração. Mas essa aqui — pasmem — é daquelas que fazem acreditar que políticas públicas bem desenhadas podem, sim, mudar vidas. O Brasil acaba de dar um salto histórico: saímos oficialmente do vergonhoso Mapa da Fome da ONU.
Os números falam por si. De um cenário assustador onde 36% da população não sabia se teria comida no prato no dia seguinte, caímos para menos de 25%. Parece pouco? Só pra quem nunca passou fome. São milhões de brasileiros respirando aliviados.
Como o país virou o jogo
O governo federal — que herdou um cenário desolador — apostou em uma combinação explosiva:
- Bolsa Família turbinado: o programa voltou com força total, alcançando quem mais precisa
- Reajustes acima da inflação: o valor dos benefícios subiu na hora certa
- Geração de empregos: economia aquecida = mais gente com renda fixa
Não foi mágica. Foi planejamento. E — vamos combinar? — uma pitada de teimosia em não aceitar o inaceitável.
O que dizem os especialistas
"Quando a gente fala em 11 pontos percentuais de redução, estamos falando de vidas transformadas", explica a nutricionista Ana Beatriz Passos, que trabalha em comunidades no Nordeste. "Crianças que vão crescer sem sequelas da desnutrição, adultos com energia para trabalhar, idosos que recuperam a dignidade."
Mas calma, não vamos cantar vitória antes da hora. Ainda tem chão pela frente:
- Quase 1 em cada 4 brasileiros ainda enfrenta algum grau de insegurança alimentar
- As desigualdades regionais persistem — Norte e Nordeste concentram os piores índices
- A inflação nos alimentos continua sendo um desafio diário
O ministro do Desenvolvimento Social foi enfático: "Isso não é ponto de chegada, é ponto de partida. A fome no Brasil tem CPF, endereço e sobrenome. E nós sabemos exatamente onde bater."
Enquanto isso, nas ruas, a realidade vai aos poucos mudando de cara. Dona Maria, 62 anos, vendedora ambulante em São Paulo, resume: "Antes eu escolhia qual dia ia comer. Agora escolho o que vou cozinhar. Parece pouco, mas pra mim é o mundo."