
A situação em Bauru tá feia, gente. Sério mesmo. O Rio Batalha, que é uma das principais fontes de abastecimento da cidade, simplesmente não tá aguentando a pressão. E olha que não é de hoje — a coisa vem se arrastando há semanas, mas agora chegou num ponto crítico.
Quem diria, né? Uma cidade do interior de São Paulo passando por esse aperto. A prefeitura, claro, não teve muita escolha a não ser botar a mão na massa — ou melhor, nos galões.
Água na veia (e nos galões)
A partir desta segunda-feira, a coisa ficou séria. A administração municipal começou a distribuir galões de 20 litros de água mineral para a população. E não é pouca gente não — estamos falando de praticamente toda a região abastecida pelo Rio Batalha, que inclui boa parte da cidade.
Os caminhões pipa, aqueles velhos conhecidos dos tempos de seca, também foram acionados. Mas a entrega dos galões é uma novidade — e confesso que me pergunto se vai ser suficiente.
Onde buscar o precioso líquido
A prefeitura montou postos de distribuição em vários pontos estratégicos. Os principais são:
- Centro Comunitário do Jardim Marambá
- Escola Municipal do Parque Valley
- Ginásio Esportivo da Vila Industrial
Mas atenção: não é chegar e levar. Tem que apresentar documento com foto e comprovante de residência. A coisa tá organizada, mas a fila... bem, a fila é daquelas que dá até desânimo de ver.
E tem mais — famílias cadastradas no CadÚnico têm prioridade. Faz sentido, não? Quem já vive situação vulnerável não pode sofrer ainda mais.
Por que chegamos a esse ponto?
O Rio Batalha tá mesmo num estado lastimável. Os técnicos da prefeitura falam em "vazão reduzida", mas isso é eufemismo para algo bem mais grave. O negócio tá feio de verdade.
Alguns fatores contribuíram para essa situação:
- A estiagem prolongada — choveu menos do que o esperado nos últimos meses
- O aumento do consumo — parece que a galera não se tocou que água é finita
- Problemas históricos de infraestrutura — isso é conversa para outro dia, mas todo mundo sabe que o sistema precisa de upgrades
E agora? Bem, agora é torcer para as chuvas chegarem — e para a população entender que água não cai do céu (ou melhor, até cai, mas não na quantidade que a gente precisa).
Enquanto isso, o jeito é fazer como nossos avós: economizar cada gota. Banho rápido, fechar a torneira ao escovar os dentes, reutilizar água... Tudo aquilo que a gente sabe que deveria fazer, mas sempre deixa para depois.
Pois é, o depois chegou. E veio com sede.