O que era para ser uma solução médica virou febre nas redes sociais. De repente, todo mundo quer falar do Ozempic – aquele medicamento injetável que promete derreter quilos indesejados quase que por mágica. Mas, cá entre nós, será que essa busca desenfreada pelo corpo perfeito não está mascarando um perigo gigantesco?
Os endocrinologistas estão com os cabelos em pé. O uso fora da bula, sem acompanhamento médico e puramente por motivos estéticos, virou uma roleta-russa hormonal. A tal semaglutida – princípio ativo do remédio – mexe com mecanismos cerebrais complexos que controlam fome e saciedade. Brincar com isso? Nem pensar.
O Efeito Dominó no Organismo
Náuseas que não passam, vômitos constantes, dores abdominais insuportáveis... a lista de efeitos colaterais é longa e assustadora. Mas o pior, talvez, esteja onde não vemos: na mente. Psiquiatras e nutricionistas observam com preocupação um aumento alarmante de casos de ansiedade relacionada à comida e comportamentos obsessivos.
É como se o remédio abrisse uma porta para distúrbios que estavam adormecidos. A pessoa para de comer porque o corpo não pede, mas a cabeça entra em curto-circuito. Desenvolve medo de engordar, culpa ao se alimentar... um verdadeiro inferno particular.
Quando a Moda Vira Doença
As redes sociais, claro, não ajudam. Influenciadores mostram corpos esbeltos creditando ao Ozempic – mas esquecem de mencionar os profissionais por trás do processo (se é que existiram). Criou-se a ilusão de que é simples, seguro e acessível. Mentira perigosa.
Sem receita, comprado em farmácias de fundo de quintal ou importado ilegalmente, o produto pode estar contaminado, vencido ou simplesmente... não ser o que promete. Já imaginou injetar uma substância desconhecida no seu corpo? Arrepio só de pensar.
O conselho é claro: saúde não é jogo. Buscar orientação médica é crucial, sempre. Beleza que compromete o bem-estar não é beleza – é armadilha.
