O retinoblastoma é um tipo raro de câncer ocular que afeta principalmente crianças menores de cinco anos. Embora seja uma doença grave, quando diagnosticada precocemente, as chances de cura são extremamente altas, podendo chegar a mais de 95% dos casos.
O que é o retinoblastoma?
Trata-se de um tumor maligno que se desenvolve na retina, a camada mais interna do olho responsável pela captação de imagens. Este câncer pode ocorrer em um ou ambos os olhos e sua detecção precoce é fundamental para preservar não apenas a visão, mas também a vida da criança.
Sinais de alerta que todo pai deve conhecer
Existem alguns sinais característicos que podem indicar a presença do retinoblastoma:
- Leucocoria: popularmente conhecido como "reflexo do olho de gato", aparece como um brilho branco na pupila quando a luz incide sobre o olho, especialmente em fotografias com flash
- Estrabismo: desalinhamento ocular que surge repentinamente
- Vermelhidão ocular persistente sem causa aparente
- Dor nos olhos acompanhada de inchaço
- Perda progressiva da visão
Por que o diagnóstico precoce é tão crucial?
Quando identificado nas fases iniciais, o retinoblastoma pode ser tratado com métodos menos invasivos, que preservam o olho e a visão. Já em estágios avançados, o tumor pode se espalhar para outras partes do corpo, tornando o tratamento mais complexo e reduzindo significativamente as chances de cura.
Métodos de diagnóstico
O diagnóstico é realizado através de exames especializados como:
- Exame de fundo de olho com pupila dilatada
- Ultrassonografia ocular
- Ressonância magnética
- Testes genéticos em casos familiares
Tratamentos disponíveis
As opções terapêuticas variam conforme o estágio da doença:
- Fotocoagulação a laser: ideal para tumores pequenos
- Crioterapia: uso de temperaturas extremamente baixas para destruir células cancerígenas
- Quimioterapia: pode ser sistêmica ou intra-arterial
- Radioterapia: em casos selecionados
- Enucleação: remoção do olho, necessária apenas em casos muito avançados
Prevenção e acompanhamento
Para famílias com histórico da doença, o aconselhamento genético é fundamental. Crianças com predisposição devem fazer exames regulares desde o nascimento. Mesmo após o tratamento bem-sucedido, o acompanhamento oftalmológico deve ser mantido por toda a vida.
A mensagem mais importante é: qualquer alteração ocular em crianças merece atenção imediata. Não ignore sinais como o reflexo branco nas fotografias ou estrabismo repentino. Consulte um oftalmologista pediátrico – essa simples atitude pode fazer toda a diferença no futuro do seu filho.