Um momento de distração durante uma refeição pode se transformar em uma situação de pânico em segundos. Quando alguém engasga, cada instante conta e saber agir corretamente pode ser decisivo para salvar uma vida. Recentemente, especialistas em saúde atualizaram as diretrizes de desengasgo, trazendo técnicas mais eficazes para diferentes faixas etárias.
O Que Mudou Nas Novas Diretrizes?
As novas recomendações trazem abordagens específicas e atualizadas baseadas em evidências científicas recentes. Diferente do que muitos pensam, não existe uma técnica universal que funcione para todos - o procedimento varia conforme a idade e as condições da vítima.
Para Bebês: Técnica Revisada e Mais Segura
Quando um bebê engasga, a primeira regra é manter a calma. As novas diretrizes reforçam a importância de:
- Posicionar o bebê de bruços sobre seu antebraço, com a cabeça mais baixa que o tronco
- Aplicar cinco golpes firmes nas costas, entre as escápulas
- Se o objeto não sair, virar o bebê de barriga para cima e fazer cinco compressões torácicas
- Repetir o ciclo até que o objeto seja expelido ou o bebê perca a consciência
Para Crianças Maiores: Adaptação Progressiva
Com crianças que já conseguem ficar em pé, a técnica se aproxima da usada em adultos, mas com ajustes na intensidade da força aplicada. A sequência recomendada inclui:
- Incentivar a tossir fortemente se a criança estiver conseguindo respirar
- Posicionar-se atrás da criança e abraçá-la pela cintura
- Fazer uma mão em punho e posicioná-la acima do umbigo
- Puxar firmemente para dentro e para cima até a desobstrução
Para Adultos: Técnicas Aprimoradas
As diretrizes para adultos mantêm a clássica manobra de Heimlich, mas com detalhes importantes sobre posicionamento e intensidade. Para gestantes ou pessoas obesas, a técnica sofre adaptações específicas que aumentam sua eficácia.
Quando Buscar Ajuda Profissional?
Embora as técnicas de desengasgo sejam efetivas na maioria dos casos, é fundamental saber quando acionar o serviço de emergência. Procure ajuda médica imediatamente se:
- A vítima perder a consciência em qualquer momento
- As manobras não surtirem efeito após alguns ciclos
- Houver suspeita de que fragmentos do objeto permaneçam nas vias aéreas
- A vítima apresentar dificuldade respiratória após o desengasgo
Lembre-se: Conhecimento em primeiros socorros não substitui atendimento médico profissional, mas pode fazer toda a diferença enquanto a ajuda não chega. Considerar fazer um curso de primeiros socorros pode transformar você em um elo vital na cadeia de sobrevivência.