Tragédia em MG: Menina de 12 anos morre após parto sem pré-natal — UBS liberou sem exames
Menina de 12 anos morre no parto após falha em UBS de MG

Era pra ser um dia qualquer numa Unidade Básica de Saúde de Minas Gerais. Mas virou o último capítulo de uma história que ninguém deveria ter que contar. Uma criança de 12 anos — sim, você leu certo, doze anos — chegou com dores. E saiu de mãos vazias. Sem exames. Sem diagnóstico. Sem chance.

Três dias depois, o desfecho que corta o coração: a menina morreu durante o parto. Sem nunca ter feito sequer uma consulta de pré-natal. O corpo ainda em desenvolvimento não resistiu. E o sistema falhou redondamente.

O que diabos aconteceu?

A família, em choque, relata que a adolescente reclamava de fortes dores abdominais quando foi à UBS. Mas em vez de investigar — num país onde a gravidez precoce não é exatamente raridade —, mandaram ela pra casa. "Só cólica", disseram. Sem ultrassom. Sem teste. Nem mesmo aquela pergunta óbvia que qualquer profissional deveria fazer.

Quando voltou ao hospital já era tarde. O parto prematuro virou emergência. E a vida dessa menina — que mal tinha começado — se apagou enquanto tentavam salvar a dela e do bebê. (Que, pasmem, sobreviveu.)

Números que doem

  • Brasil tem taxa de mortalidade materna 70% maior que a meta da ONU
  • 1 em cada 5 gestantes não completa o pré-natal no país
  • Casos como esse revelam o abismo no atendimento a adolescentes

E agora? A Secretaria Municipal de Saúde promete apurar. Mas a pergunta que fica é: quantas vidas precisam se perder antes que "apurações" virem prevenção de verdade?

Enquanto isso, numa cidade mineira que preferimos não nomear pra preservar a família, um bebê recém-nascido vai crescer sem conhecer a mãe. Uma menina vira estatística. E o sistema segue rodando — cheio de falhas que todo mundo vê, mas ninguém conserta.