O coração de uma família no Vale do Paraíba está em pedaços. Na última terça-feira, um bebê de apenas 11 meses faleceu após passar mal em uma creche de São José dos Campos. A avó da criança, que prefere não se identificar, está desolada: "É como se tivessem arrancado nosso chão. Não consigo entender como isso aconteceu".
Segundo relatos, o menino começou a passar mal por volta das 10h da manhã. Os funcionários do local — que teoricamente deveriam estar preparados para emergências — pareciam não saber o que fazer. Demorou cerca de 40 minutos para que o SAMU fosse acionado. Quando a ajuda chegou, já era tarde demais.
Falta de preparo ou negligência?
O que mais revolta a família são os detalhes do ocorrido. A creche, que atende outras 20 crianças, não teria sequer um profissional de saúde no local. "Eles me disseram que deram um 'remédio para cólica' antes de chamar a ambulância", conta a avó, com a voz embargada. Você acredita nisso? Um bebê de 11 meses, sem diagnóstico médico, recebendo medicação aleatória?
A situação fica ainda mais absurda quando se descobre que:
- Nenhum funcionário tinha treinamento em primeiros socorros
- O kit de emergência estava incompleto
- O protocolo para casos graves simplesmente não existia
O que dizem as autoridades?
Enquanto isso, a prefeitura — que sempre se gaba dos "investimentos em educação infantil" — limitou-se a soltar uma nota genérica. Prometem apurar os fatos (como se isso trouxesse o netinho dela de volta). O Conselho Tutelar foi acionado, mas até agora... silêncio.
A família exige respostas. Querem saber por que a creche continuava funcionando sem alvará atualizado. Por que ninguém foi capaz de agir rápido. Por que uma vida tão pequena foi perdida por algo que, francamente, parece pura negligência.
Enquanto a burocracia se arrasta, uma avó chora no cemitério. E uma pergunta ecoa no Vale do Paraíba: quantas crianças precisam morrer antes que alguém acorde para a realidade?
