Minas Gerais garante direito a acompanhante para mulheres sedadas em hospitais públicos — um avanço na saúde feminina
Lei em MG garante acompanhante para mulheres sedadas

Imagine acordar de um procedimento médico sem lembrar de nada — só aquele vazio desconcertante. Agora, pense nisso sem ter ninguém conhecido por perto. Assustador, né? Pois em Minas Gerais, essa cena está com os dias contados.

A partir de agora, hospitais públicos do estado são obrigados a permitir acompanhantes para mulheres submetidas a sedação. A lei, publicada no Diário Oficial, é um alívio para quem já passou pela angústia de enfrentar procedimentos invasivos sozinha.

O que muda na prática?

Antes, a decisão ficava a critério de cada unidade — um verdadeiro jogo de sorte. Agora:

  • Toda paciente tem direito a um acompanhante durante e após sedação
  • Vale para exames, cirurgias e qualquer intervenção com perda de consciência
  • Exceto em casos de risco epidemiológico (como pandemias)

"É uma questão de dignidade", defendeu uma enfermeira que preferiu não se identificar. "Já vi mulheres acordarem chorando, desorientadas... Ter alguém conhecido faz diferença que não tem preço."

Por que isso importa?

Dados do Conselho Regional de Enfermagem mostram que 68% das complicações pós-sedação ocorrem na primeira hora. Ter um acompanhante:

  1. Reduz crises de ansiedade
  2. Acelera identificação de reações adversas
  3. Diminui a sensação de vulnerabilidade

E não é só isso. A medida chega num momento em que o Brasil debate o acolhimento feminino na saúde — lembra do escândalo das "maternidades sem acompanhante" no ano passado?

Ah, e tem um detalhe: a lei não especifica parentesco. Pode ser amiga, vizinha, até aquele primo distante que é ótimo em acalmar gente assustada. O importante é ter um rosto conhecido quando o mundo ainda está embaçado.