
Imagine acordar e não reconhecer o próprio rosto no espelho. Foi exatamente isso que aconteceu com várias mulheres em Santa Catarina após se submeterem a procedimentos estéticos que prometiam rejuvenescimento facial. O resultado? Deformações que viraram um verdadeiro pesadelo.
"Parece que alguém colocou uma máscara de horror no meu rosto", desabafa uma das vítimas, que preferiu não se identificar. "Fui atrás de um simples preenchimento e saí com o rosto completamente assimétrico."
O que deu errado?
Segundo relatos, os problemas começaram a aparecer dias após as aplicações. Inchaços desproporcionais, endurecimento da pele e até necrose em alguns casos. Algumas mulheres precisaram de intervenções médicas emergenciais para tentar reverter o quadro.
Os procedimentos teriam sido realizados em clínicas diferentes, mas todas na região de Santa Catarina. O que levanta questões sobre:
- Qualificação dos profissionais
- Origem dos produtos utilizados
- Fiscalização sanitária na área
Justiça entra em cena
Com os casos se multiplicando, o Ministério Público de Santa Catarina decidiu investigar. "Estamos falando de vidas que foram alteradas para sempre", afirma um promotor envolvido no caso, que já reúne pelo menos oito vítimas.
Enquanto isso, as mulheres afetadas enfrentam não só as consequências físicas, mas também emocionais. "Não consigo mais trabalhar, sair de casa, me olhar no espelho", conta outra paciente. "E o pior? Ninguém assume a responsabilidade."
Especialistas alertam: a busca pela beleza não pode ignorar os riscos. "Toda intervenção, por mais simples que pareça, carrega perigos", explica uma dermatologista. "O barato pode sair muito caro quando se trata da saúde."
O caso serve como alerta para quem pensa em recorrer a procedimentos estéticos. Afinal, como diz o ditado: o que os olhos não veem, o coração não sente. Mas e quando o espelho mostra algo que nunca deveria existir?