Santa Catarina lidera ranking de segurança alimentar no Brasil: veja os motivos
SC lidera segurança alimentar no Brasil

Enquanto o Brasil ainda debate os desafios da fome, um estado brilha no cenário nacional. Santa Catarina — sim, aquele cantinho no Sul que muitos associam a praias e frio — acaba de ser apontado como o menos afetado pela insegurança alimentar no país. Os números, divulgados nesta semana, são quase um alívio num contexto tão desafiador.

Dá pra acreditar? Enquanto outras regiões patinam, os catarinenses parecem ter encontrado a fórmula (ou várias delas) para manter a comida no prato. E não é só sorte: uma combinação de políticas públicas, perfil econômico e até aquela organização típica da região fazem diferença.

Os números que impressionam

O levantamento — daqueles que fazem a gente parar pra pensar — revela que apenas 8,3% dos lares catarinenses enfrentam algum grau de insegurança alimentar. Parece pouco? Compare com a média nacional de 36,7% e você entenderá o tamanho do feito.

  • Insegurança leve: 5,1% (contra 18% no Brasil)
  • Moderada: 2,4% (11,3% nacional)
  • Grave: menos de 1% (7,4% no resto do país)

"É como se fosse outro país", comentou um pesquisador envolvido no estudo, sem conseguir disfarçar a surpresa. E de fato, os dados colocam SC num patamar próximo ao de nações desenvolvidas.

Por que Santa Catarina é diferente?

Aqui vai o pulo do gato — ou melhor, os vários pulos que explicam essa realidade:

  1. Economia diversificada: do agronegócio forte ao turismo que não para, as fontes de renda são múltiplas
  2. Distribuição de renda menos desigual que a média brasileira (sim, isso conta muito)
  3. Programas estaduais que realmente chegam nas comunidades mais vulneráveis
  4. E claro, aquela tradição de agricultura familiar que nunca saiu de moda

Não é mágica — é planejamento. Enquanto muitos estados centralizam esforços nas capitais, SC espalha desenvolvimento pelos interiores. Resultado? Cidades pequenas com IDH que deixariam muitas metrópoles no chinelo.

O outro lado da moeda

Mas calma lá, não é tudo perfeito. Até porque segurança alimentar não significa necessariamente qualidade nutricional. "Temos desafios como o crescimento da obesidade", admite uma nutricionista de Florianópolis. Ou seja: o prato pode estar cheio, mas o equilíbrio ainda preocupa.

E você, já tinha percebido essa diferença catarinense? Num país onde 33 milhões passam fome, esse oásis merece atenção — e quem sabe, servir de inspiração.