
Você já acordou cedinho, pulou o café da manhã e foi direto para a academia? Se sim, faz parte de um time enorme de pessoas que acreditam que treinar em jejum é a chave para emagrecer. Mas será que essa estratégia realmente funciona como prometem?
Olha, a verdade é que o assunto divide opiniões até entre especialistas. Enquanto alguns juram de pés juntos que é a melhor coisa do mundo, outros torcem o nariz com certa desconfiança. E no meio disso tudo, ficamos nós, tentando entender onde está a razão.
O que realmente acontece no seu corpo?
Quando você acorda depois de uma noite de sono — que basicamente é um período de jejum — seus estoques de glicogênio estão mais baixinhos. O corpo, esperto como sempre, busca energia em outras fontes. E adivinha onde? Na gordura estocada!
Parece maravilhoso, não é? Mas calma lá que a coisa não é tão simples assim. Estudos mostram que, embora haja maior oxidação de lipídios durante o exercício, isso não necessariamente se traduz em perda significativa de peso a longo prazo. O corpo humano é complexo demais para fórmulas mágicas.
Os dois lados da moeda
Vamos ser justos — tem seus benefícios, sim. Além da queima de gordura potencializada, muita gente relata mais disposição e foco durante os treinos em jejum. É como se o corpo se adaptasse e encontrasse um ritmo diferente.
Mas (e sempre tem um mas) os riscos são reais: tontura, mal-estar, perda de massa muscular e aquela fome de leão depois do treino que pode fazer você comer o que ver pela frente. Já passei por isso e não é nada agradável, posso garantir.
O veredito da ciência
Pesquisas recentes — e aqui falo das sérias, não daquelas de internet — indicam que o jejum antes do exercício pode ajudar na perda de gordura, mas com ressalvas importantes. A chave parece estar na intensidade e duração dos treinos, além, claro, da individualidade de cada organismo.
Um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism mostrou que homens que se exercitaram em jejum queimaram mais gordura, mas os resultados na balança foram similares aos do grupo que se alimentou antes. Interessante, não?
Para quem funciona bem?
- Pessoas acostumadas com exercícios de intensidade leve a moderada
- Quem já pratica jejum intermitente há algum tempo
- Aqueles que não sentem desconforto significativo ao treinar de estômago vazio
- Indivíduos com objetivos específicos de redução de gordura corporal
Melhor evitar se...
- Você tem problemas de hipoglicemia ou diabetes
- Seu treino é muito intenso ou de longa duração
- Você se sente fraco, tonto ou com náuseas
- Está começando agora no mundo fitness
No final das contas, o que mais importa é o equilíbrio. Conheço gente que jura que treinar em jejum mudou sua vida, e outros que passaram mal feio tentando. O seu corpo dá as pistas — aprender a escutá-lo é meio caminho andado.
E então, vale a pena tentar?
Se você está curioso, minha sugestão é: comece devagar. Experimente um treino leve em jejum, observe como se sente, e vá ajustando conforme a resposta do seu organismo. Não existe fórmula universal quando o assunto é o corpo humano — cada um é único na sua complexidade.
Lembre-se sempre: o que funciona para o influencer fitness da internet pode não funcionar para você. E tá tudo bem! O importante é encontrar um método sustentável que faça você se sentir bem e consiga manter a longo prazo.
No mundo do emagrecimento, atalhos raramente levam a destinos duradouros. Mas experimentar diferentes abordagens — com bom senso e orientação adequada — pode ser justamente o que você precisa para encontrar seu caminho.