Morte em UPA de Catanduva: Polícia investiga possível negligência médica após homem falecer em banheiro
Polícia investiga morte em UPA de Catanduva

Um caso grave envolvendo o atendimento na saúde pública está sendo investigado em Catanduva, interior de São Paulo. A polícia abriu inquérito para apurar uma denúncia de negligência médica após a morte de um homem de 54 anos no banheiro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

O que aconteceu?

Segundo relatos da família, o homem chegou à UPA na última sexta-feira (18) reclamando de fortes dores. Ele foi atendido, recebeu o diagnóstico de pedra nos rins e foi liberado pelos médicos. No entanto, o estado do paciente piorou significativamente enquanto ainda estava nas dependências da unidade de saúde.

A situação se agravou quando o homem se dirigiu ao banheiro da UPA e não retornou. Preocupados, familiares pediram ajuda da equipe médica, que encontrou o paciente já sem vida dentro do banheiro.

Família exige respostas

Os parentes da vítima afirmam que o homem não recebeu o atendimento adequado para a intensidade da dor que relatava. Eles questionam por que o paciente foi liberado mesmo apresentando sintomas graves que, segundo entendem, exigiriam observação médica mais prolongada.

"Ele estava com muita dor, mas disseram que era apenas pedra nos rins e mandaram ele embora. Minutos depois, ele foi ao banheiro e não voltou", relatou um familiar, que preferiu não se identificar.

Investigação em andamento

A Delegacia de Polícia de Catanduva já iniciou as investigações sobre o caso. Os policiais colheram depoimentos de familiares e devem ouvir os profissionais de saúde que estavam de plantão no momento do ocorrido.

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer as causas exatas da morte. A direção da UPA ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas deve prestar esclarecimentos à polícia nas próximas horas.

Problema recorrente

Este não é o primeiro caso do tipo registrado em UPAs da região. A superlotação e a demora no atendimento têm sido queixas constantes da população, levantando debates sobre a qualidade do serviço de saúde pública no interior paulista.

A investigação deve apurar se houve falha no protocolo de atendimento e se a equipe médica poderia ter identificado a gravidade do estado do paciente antes de liberá-lo.