
Imagine confiar sua saúde a um lugar que, na prática, não deveria nem existir. Pois é exatamente isso que aconteceu em Juatuba, onde a fiscalização descobriu um cenário que beira o inacreditável.
Dois estabelecimentos de saúde - uma clínica médica e um consultório odontológico - estavam funcionando completamente às escuras. E quando digo às escuras, é no sentido mais literal possível: nenhum dos dois tinha a documentação básica que qualquer lugar desse tipo precisa ter.
O que a fiscalização encontrou?
A coisa é tão séria que chega a dar calafrios. Vamos lá:
- Prontuários médicos? Zero. Nada. Como se os pacientes fossem fantasmas que nunca passaram por lá.
- Alvará de funcionamento? Nem sinal. Funcionavam na base do "quem não é visto não é lembrado".
- Controle de estoque de medicamentos? Esquece. Uma verdadeira bagunça.
E olha que tem mais - a tal clínica médica nem Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) possuía. É como se oficialmente ela nem existisse, mas na prática atendia pessoas. Assustador, não?
As consequências já batem à porta
Enquanto escrevo isso, não consigo deixar de pensar no tanto de gente que pode ter sido prejudicada. Sem prontuários, como acompanhar históricos médicos? Como garantir tratamentos contínuos? É um desserviço completo à saúde pública.
A interdição foi imediata, lógico. Os proprietários agora têm que se explicar - e se virar nos trinta para regularizar essa situação toda, se é que isso é possível depois do que foi encontrado.
O pior de tudo? Isso não é caso isolado. Deve ter mais gente por aí operando na ilegalidade, colocando vidas em risco como se fosse a coisa mais normal do mundo. A população merece - e precisa - de melhor.