‘Só quero meus filhos de volta’: Desespero de mãe após sumiço de crianças em Minas Gerais
Mãe desesperada busca filhos desaparecidos em MG

O coração de uma mãe não cabe no peito quando falta um pedaço dele. Foi assim que Maria (nome fictício) descreveu o vazio deixado pelos dois filhos, desaparecidos há semanas após um passeio que deveria ser de alegria.

— Eles foram passar uns dias com o pai, como sempre faziam nas férias. Dessa vez, não voltaram — conta, com a voz embargada, enquanto revira fotos no celular. As imagens mostram dois sorrisos que agora são motivo de insônia e buscas incessantes.

O sumiço que virou pesadelo

Tudo começou como um fim de semana comum. O pai, que tem guarda compartilhada, buscara as crianças para um período de convivência. Quando o combinado — segunda-feira à tarde — passou sem notícias, o desespero bateu à porta.

— Liguei, mandei mensagem, fui na casa dele. Nada. Pareciam ter evaporado — relata Maria, esfregando as mãos nervosamente. A polícia já foi acionada, mas até agora, silêncio.

As pistas que não levam a lugar nenhum

Detalhes que seriam banais ganharam peso de mistério:

  • O celular do ex-marido continua desligado desde o dia do desaparecimento
  • Vizinhos juram ter visto a família carregando malas no carro naquela manhã
  • A escola das crianças recebeu um e-mail genérico sobre transferência

— Isso não faz sentido! Meus filhos amavam a escola, tinham amigos, rotina... — protesta a mãe, enquanto mostra cadernos com lições inacabadas.

Nas redes, uma corrente de solidariedade

Enquanto as investigações oficiais caminham a passos lentos — ou pelo menos é assim que parece para quem espera —, a comunidade abraçou a causa. Posts com as fotos das crianças viralizaram, alcançando mais de 200 mil compartilhamentos.

— Cada notificação no celular me dá esperança. Pode ser alguém com uma informação, uma pista... — diz Maria, que transformou o apartamento em quartel-general das buscas.

Nas paredes, mapas com rotas possíveis. Na mesa, xícaras de café frio ao lado do computador onde monitora grupos de voluntários. Até cartas de tarô já consultou — coisa que antes achava bobagem.

O que dizem as autoridades?

O delegado responsável pelo caso prefere cautela:

— Estamos seguindo todos os protocolos, analisando câmeras de segurança e registros de deslocamento. Não podemos descartar nenhuma hipótese — declarou, sem dar detalhes que possam comprometer as investigações.

Enquanto isso, a mãe faz das redes sociais seu megafone:

— Se alguém souber de algo, por menor que seja... Meus filhos merecem voltar para casa. E eu mereço abraçá-los de novo.

O caso lembra outros desaparecimentos recentes que terminaram bem. É nessa esperança — frágil como vidro, mas ainda inteira — que Maria segue acordando todos os dias.