
Não é só nas novelas que os casais estão fechando acordos antes de dizer "sim". Em São Paulo, virou febre: só nos primeiros seis meses deste ano, mais de 7 mil pares assinaram contratos pré-matrimoniais — um salto absurdo de 96% comparado ao ano passado. E olha que a gente nem tá contando os que só deram uma "espiadinha" no documento e desistiram.
O fenômeno que pegou até os românticos de surpresa
Parece que a geração que cresceu vendo Ivan e Heleninha brigando por herança no Vale Tudo aprendeu a lição. "Antes amor no papel que processo no fórum", diz a advogada Fernanda Moraes, que já atendeu três noivas chorando — não pelo vestido, mas por cláusulas de divisão de bens.
E não são só os ricos e famosos:
- Microempreendedores querem proteger seus negócios
- Herdeiros de famílias tradicionais estão salvaguardando patrimônios
- Até casais jovens sem muitos bens estão incluindo cláusulas criativas (já viu acordo sobre quem fica com o gato?)
Por que São Paulo lidera essa revolução?
O paulistano sempre teve fama de prático, mas dessa vez superou. Especialistas apontam três motivos:
- Crise econômica deixou todo mundo mais pé no chão
- Geração millennial encara o casamento com menos romantismo cego
- Influência digital — processos judiciais virais assustaram até os mais despreocupados
"Antes era tabu, hoje é prudência", comenta o cartório mais movimentado da Avenida Paulista, onde os noivos chegam com contrato e saem com aliança — nessa ordem. E você? Acha exagero ou bom senso?