Casal de Carazinho Vive Amor Eterno: Partem com 2 Dias de Diferença após 5 Décadas Juntos
Casal parte com 2 dias de diferença após 54 anos juntos

Quem dera todas as histórias de amor terminassem assim - não com um adeus, mas com um 'até logo'. Em Carazinho, no coração do Rio Grande do Sul, Adão e Iara escreveram seu último capítulo de maneira digna de romance.

Foram 54 anos. Meio século e mais quatro anos de uma parceria que virou lenda entre os que os conheciam. Ele, Adão, 76 anos, sempre o esteio. Ela, Iara, 75, a força delicada que completava seu universo.

Na terça-feira, tudo mudou. Iara, que já lutava contra complicações sérias de saúde - diabetes e pressão alta não dão tréguas -, sofreu uma queda brutal dentro de casa. O que parecia mais um obstáculo a superar juntos revelou-se o início da despedida.

O primeiro adeus

Iara não resistiu aos ferimentos. Na quarta-feira, partiu. Deixou para trás não apenas um marido, mas uma metade. Adão, já fragilizado por problemas cardíacos que o acompanhavam há tempos, assistiu à queda de seu pilar.

O que se seguiu foi quase… previsível? Talvez para quem acredita que certas almas são simplesmente feitas para permanecer unidas. Dois dias. Apenas 48 horas separaram suas partidas. Na sexta-feira, Adão seguiu Iara.

O nó que ninguém desata

Irma, irmã de Iara, resume com uma simplicidade que corta direto ao coração: "Eles eram o suporte um do outro. Sempre juntos, sempre unidos". E como discordar? Às vezes a vida tece conexões tão fortemente que nem a morte consegue desfazer.

O velório aconteceu no mesmo lugar, no mesmo horário. Como se mesmo nisso quisessem manter a sintonia que sempre os caracterizou. A causa da morte de Adão? Bom, os médicos falaram em parada cardiorrespiratória. Quem os conhece melhor suspira e diz que foi mesmo de desgosto.

Agora repousam juntos no Cemitério Municipal. Dois corpos, uma única alma. Deixam três filhos - Simoni, Sidinei e Sidimar - e seis netos que carregam o legado de um amor que simplesmente se recusou a acabar.

Não é triste, não realmente. É raro. É daquelas histórias que lembram a gente que o amor, o verdadeiro, vai muito além dos contratempos da matéria. E que às vezes, o forever não é uma promessa - é uma consequência.