
O que parecia distante agora bate à porta — literalmente. Enquanto a Bolívia enfrenta um surto preocupante de sarampo, cidades brasileiras que fazem divisa com o país vizinho não estão perdendo tempo. A situação virou um verdadeiro corre-corre nos postos de saúde.
Desde segunda-feira (28), equipes de saúde trabalham contra o relógio. O objetivo? Vacinar o máximo possível de pessoas antes que o vírus — esperto como sempre — resolva dar as caras por aqui. E olha que ele não é nada bem-vindo.
Fronteira em estado de atenção
Não é exagero dizer que a região virou um "campo de batalha" preventivo. Enquanto alguns municípios organizam mutirões em praças públicas, outros adotaram estratégias mais diretas: porta a porta. Sim, como nos velhos tempos.
"A gente sabe que doenças não respeitam fronteiras", comenta uma enfermeira de Corumbá (MS), enquanto aplica vacinas num ritmo que daria inveja a máquina de café expresso. "Melhor prevenir do que correr atrás do prejuízo depois."
Quem deve se vacinar?
- Crianças de 6 meses a 5 anos (prioridade absoluta)
- Adultos até 49 anos que nunca tomaram a vacina
- Profissionais de saúde e educação
- Viajantes com destino à região afetada
Curiosamente — ou não —, as filas estão maiores do que o esperado. Será o medo falando mais alto? Ou finalmente estamos aprendendo com os erros do passado? Difícil dizer. O fato é que ninguém quer repetir os surtos de 2018, quando o sarampo voltou a assombrar o Brasil depois de anos de tranquilidade.
Enquanto isso, do outro lado da fronteira, a situação segue tensa. Autoridades bolivianas relatam dificuldades logísticas para conter o avanço da doença em áreas rurais. Um lembrete cruel de como a desigualdade no acesso à saúde pode custar caro — em vidas.