Coqueluche em Explosão: Casos disparam mais de 1300% no Brasil e alertam sobre queda na vacinação
Coqueluche: casos disparam 1300% no Brasil

O Brasil está enfrentando um surto alarmante de coqueluche que já configura uma emergência em saúde pública. Dados recentes revelam que os casos da doença, também conhecida como tosse comprida, aumentaram mais de 13 vezes em território nacional, sinalizando um preocupante retrocesso no controle desta infecção respiratória.

Números que assustam: a dimensão do problema

Os registros oficiais mostram uma explosão de casos que saltou de patamares historicamente controlados para números epidêmicos. A coqueluche, que parecia estar sob controle, voltou com força total, colocando em risco principalmente crianças menores de um ano, o grupo mais vulnerável às complicações graves da doença.

A raiz do problema: a queda na vacinação

Especialistas em saúde pública são unânimes em apontar a queda na cobertura vacinal como principal responsável por este cenário preocupante. A vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche), que integra o calendário básico de vacinação infantil, não tem alcançado as metas de imunização necessárias para conter a transmissão da doença.

Por que as pessoas não estão se vacinando?

  • Falta de informação sobre a importância da vacinação
  • Medo de eventos adversos das vacinas
  • Dificuldade de acesso aos postos de saúde
  • Fake news sobre imunizantes

Grupos de risco: quem mais sofre com a coqueluche?

Embora a doença possa afetar pessoas de todas as idades, os bebês são as principais vítimas fatais da coqueluche. Nesta faixa etária, a infecção pode evoluir para complicações graves como:

  1. Pneumonia
  2. Convulsões
  3. Apneia
  4. Lesões cerebrais
  5. Óbito

Sinais de alerta: como identificar a coqueluche

A doença se caracteriza por tosse seca e prolongada que pode durar semanas. Os sintomas evoluem em três fases distintas:

Fase catarral: sintomas similares aos de um resfriado comum

Fase paroxística: ataques de tosse intensa seguidos do guincho característico

Fase de convalescença: recuperação gradual que pode levar meses

Estratégias de combate: o que pode ser feito?

Autoridades de saúde reforçam a necessidade de recuperar as altas coberturas vacinais como única forma eficaz de controlar o surto. Além da vacinação infantil, é fundamental que:

  • Gestantes sejam vacinadas para proteger os recém-nascidos
  • Profissionais de saúde mantenham a vacinação em dia
  • Familiares de bebês pequenos estejam imunizados
  • Campanhas de conscientização sejam intensificadas

O cenário atual serve como alerta sobre os perigos do retrocesso vacinal. Doenças que considerávamos controladas podem rapidamente retornar como grandes ameaças à saúde pública quando a imunização deixa de ser prioridade.