Decreto que restringe cidadania italiana é inconstitucional, alerta especialista
Decreto sobre cidadania italiana é inconstitucional

Um polêmico decreto do governo italiano que limita o acesso à cidadania para descendentes de imigrantes está sendo classificado por especialistas como inconstitucional. A medida, que afeta principalmente brasileiros em busca de reconhecimento legal de suas origens, viola princípios básicos do direito internacional.

O que diz a nova lei?

A legislação recentemente aprovada restringe o direito à cidadania por descendência (ius sanguinis), exigindo requisitos adicionais que não estavam previstos anteriormente. Entre as mudanças:

  • Limite temporal para registro de ascendência
  • Exigência de comprovação documental ampliada
  • Restrições para casos de naturalização de antepassados

Por que é inconstitucional?

Segundo o jurista consultado, o decreto fere três princípios fundamentais:

  1. Direito adquirido: descendentes já em processo teriam seus direitos violados
  2. Igualdade jurídica: cria diferenciação injustificada entre cidadãos
  3. Retroatividade: aplica novas regras a situações consolidadas

"É uma medida claramente discriminatória que afeta principalmente comunidades de imigrantes históricos", afirma o especialista em direito internacional.

Impactos na comunidade brasileira

Calcula-se que mais de 500 mil brasileiros estejam em processo de reconhecimento de cidadania italiana. Muitos já investiram tempo e recursos em:

  • Busca de documentos históricos
  • Traduções juramentadas
  • Processos administrativos

A mudança na lei pode invalidar anos de preparação e representar perdas financeiras significativas para essas famílias.