O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por um novo procedimento cirúrgico neste sábado, 27 de dezembro, para conter crises de soluço que o acometem há meses. A informação foi confirmada pela equipe médica que o atende no Hospital DF Star, em Brasília, onde ele está internado desde a véspera do Natal, 24 de dezembro.
Detalhes do procedimento e planejamento médico
De acordo com os médicos, o procedimento realizado foi um bloqueio do nervo frênico, feito com auxílio de ultrassom e sem necessidade de cortes. A decisão foi tomada após o ex-presidente sofrer uma crise forte de soluços na noite de sexta-feira, 26 de dezembro, que o deixou bastante abatido.
Cláudio Birolini, cirurgião chefe da equipe, afirmou que, do ponto de vista cirúrgico, "está tudo sob controle, tudo transcorrendo sem problemas". O médico Brasil Caiado explicou que a proposta inicial era otimizar o tratamento clínico, mas a resposta não foi a esperada, levando à intervenção.
O bloqueio foi realizado apenas de um lado do nervo frênico neste sábado. A equipe planeja repetir o procedimento para bloquear o outro lado na próxima segunda-feira, dia 29 de dezembro.
Previsão de alta e contexto da internação
Segundo o médico Mateus Saldanha, também integrante da equipe, a expectativa é que Bolsonaro receba alta em até 48 horas após o segundo bloqueio. Isso significa que a liberação do hospital pode ocorrer na véspera do Ano Novo, 31 de dezembro.
A internação inicial, que começou em 24 de dezembro, tinha como objetivo principal a correção de hérnias inguinais. A autorização para a cirurgia foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante toda a internação, o ex-presidente está sendo monitorado 24 horas por dia por policiais federais. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, informou que ele já se encontra no quarto após o procedimento deste sábado.
Medidas de segurança e restrições
A equipe médica concedeu uma entrevista coletiva em frente ao Hospital DF Star no final da tarde de sábado. Fotos ou vídeos da internação de Bolsonaro estão expressamente proibidos, conforme determinação das autoridades responsáveis pela segurança.
O estado de saúde do ex-presidente continua a ser acompanhado de perto, com a próxima etapa definida para o início da semana que vem.