Trabalhadores argentinos resgatados de condições degradantes em restaurante de Porto Alegre
Trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão em POA

Imagine acordar antes do sol nascer, trabalhar até tarde da noite e ainda assim não ter o mínimo de dignidade garantido. Foi exatamente essa a realidade de dez trabalhadores – todos argentinos – resgatados de um restaurante em Porto Alegre nesta quarta-feira (14).

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os funcionários viviam em condições que beiravam o inacreditável: alojamentos precários, jornadas exaustivas e, pasmem, até restrições absurdas no acesso à água potável. Parece ficção, mas infelizmente é a pura realidade.

Detalhes que chocam

Os fiscais encontraram:

  • Funcionários dormindo no próprio local de trabalho (sim, você leu certo)
  • Falta total de equipamentos de proteção
  • Documentos retidos – uma prática que já deveria ter virado peça de museu

"É revoltante ver situações assim em pleno 2025", comentou um dos auditores, que preferiu não se identificar. E ele tem toda razão.

O outro lado da moeda

Procurados, os responsáveis pelo estabelecimento – que fica num ponto turístico badalado da cidade – não se manifestaram. Conveniente, não? Enquanto isso, os trabalhadores resgatados recebem assistência e devem ser encaminhados para os consulados.

Curiosamente (ou não), esse não é o primeiro caso do tipo na região. Só neste ano, o MTE já flagrou situações semelhantes em outros três estabelecimentos. Alguém aí está fazendo vista grossa?

O restaurante em questão agora enfrenta multas pesadas e pode ter suas atividades suspensas. Mas a grande questão é: até quando vamos tolerar essas práticas que mancham nossa sociedade?