
Um supervisor de frigorífico em Mato Grosso está no centro de uma polêmica após negar a saída de uma funcionária grávida que estava em trabalho de parto. O caso, que viralizou nas redes sociais, revela um histórico preocupante de assédio contra gestantes por parte do mesmo funcionário.
O incidente
De acordo com relatos, a trabalhadora, que preferiu não se identificar, solicitou permissão para deixar o local de trabalho após sentir fortes dores. No entanto, o supervisor teria se recusado a autorizar sua saída, alegando "falta de pessoal". A situação só foi resolvida quando colegas intervieram e chamaram uma ambulância.
Histórico de assédio
Investigadores descobriram que o mesmo supervisor já havia sido denunciado por comportamento inadequado contra outras gestantes. Testemunhas afirmam que ele costumava fazer comentários constrangedores e dificultar pausas para necessidades fisiológicas durante a gravidez.
Reação das autoridades
O Ministério Público do Trabalho já abriu procedimento para apurar o caso. "Nenhuma gestante deve ser submetida a situações de constrangimento ou ter seus direitos básicos violados", declarou um representante da instituição.
Impacto nas vítimas
Psicólogos alertam para os danos emocionais causados por esse tipo de assédio. "Além dos riscos físicos para mãe e bebê, há traumas psicológicos que podem perdurar por anos", explica uma especialista em saúde mental no trabalho.
Direitos das gestantes
A legislação trabalhista brasileira garante proteção especial às grávidas, incluindo:
- Licença-maternidade de 120 dias
- Estabilidade desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto
- Direito a pausas para amamentação
- Adaptação das condições de trabalho quando necessário
O caso serve como alerta para empresas sobre a necessidade de capacitar seus gestores e criar ambientes de trabalho mais humanizados.