
Parece que a Justiça finalmente botou o pé no chão — e não foi pouco. Numa decisão que deve fazer mais de um empresário suar frio, a terceirizada responsável pela limpeza em escolas da região de Piracicaba foi obrigada judicialmente a fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados aos seus funcionários. E olha que não era pedir demais, né?
A coisa toda começou quando — pasmem — trabalhadores reclamaram que estavam lidando com produtos químicos pesados sem a proteção mínima. Sabem aquela história de "faz milagre com um pano e água benta"? Pois é. Só que, no caso, a água benta vinha com uma mistura de alvejante concentrado e outros produtos que, convenhamos, não fazem bem nem pra pele, nem pros pulmões.
O que diz a decisão?
A juíza não só deu razão aos trabalhadores como foi categórica: a empresa tem que fornecer luvas, máscaras, óculos e aventais adequados — e não aqueles modelos vagabundos que rasgam com dois dias de uso. E mais: determinou fiscalização periódica pra ver se a ordem tá sendo cumprida. Alguém duvida que era necessário?
Ah, e tem um detalhe que não dá pra ignorar: se a empresa descumprir, pode levar multa diária. Traduzindo: ou faz direito, ou prepara o bolso.
E os trabalhadores?
"Finalmente um alívio", disse um dos funcionários que preferiu não se identificar — medo de represálias, sabe como é? Ele contou que, até então, ou compravam do próprio bolso ou improvisavam. "Já usei até sacola plástica como luva quando acabava o estoque", revelou, num daqueles depoimentos que dão nó na garganta.
Pois é. Enquanto a gente discute home office e ergonomia, tem gente arriscando a saúde pra deixar as escolas limpinhas pros nossos filhos. Faz pensar, não?