
Imagine acordar antes do sol nascer, trabalhar até tarde da noite e ainda assim não ter o mínimo de dignidade garantido. Essa é a realidade — dura, cruel — de centenas de trabalhadores norte-coreanos na Rússia. E não, não é exagero.
O que está por trás desse "acordo" entre países?
Fontes próximas ao governo russo (que preferiram não se identificar, claro) contam que os trabalhadores chegam com promessas de salários decentes. Mas a verdade? É outra. Muito pior.
Alojamentos superlotados, alimentação abaixo do básico e jornadas que beiram a escravidão moderna. Alguns chegam a trabalhar 18 horas por dia. Debaixo de temperaturas extremas, sem equipamentos adequados.
"É como se fossem invisíveis"
Um ex-funcionário de uma obra em Moscou — vamos chamá-lo de "Ivan" — desabafou: "Eles não reclamam. Nem podem. Se o fizerem, as consequências para as famílias na Coreia do Norte são impensáveis".
- Salários atrasados (quando pagos)
- Documentos retidos pelos empregadores
- Proibição de contato com locais
E o pior? Tudo isso acontece sob o nariz das autoridades. Afinal, a Rússia precisa de mão de obra barata. E a Coreia do Norte, de divisas estrangeiras. Um casamento perfeito — exceto para os trabalhadores, é claro.
O silêncio que fala mais alto
Organizações internacionais já alertaram sobre isso. Mas, entre a burocracia e os interesses políticos, quem realmente se importa? Parece que, no jogo geopolítico, alguns valem menos que outros.
Enquanto isso, os trabalhadores seguem nesse ciclo. Sem voz. Sem escolha. Sem dignidade. E nós? Continuamos olhando para o outro lado.