Comerciante é preso no AM por obrigar funcionários a vender produtos vencidos — veja os detalhes
Comerciante preso por vender produtos vencidos no AM

Era uma terça-feira comum no município de Coari, interior do Amazonas, quando a rotina de um estabelecimento comercial foi interrompida por uma cena digna de filme policial. Acontece que o dono do lugar — cujo nome a gente vai omitir por questões legais — tinha um hábito no mínimo questionável: empurrar mercadorias estragadas para os clientes, usando os próprios funcionários como instrumento.

Pois é, meus amigos. O caso veio à tona depois que um dos empregados, cansado de se sentir "um lixeiro de terno e gravata" (nas palavras dele), resolveu fazer a denúncia. A partir daí, a coisa desandou de vez.

Fiscalização pegou de surpresa

Na última segunda (10), fiscais do Procon e agentes da Polícia Civil bateram na porta do estabelecimento sem aviso prévio. E o que encontraram? Uma verdadeira "loja de horrores":

  • Latas de leite condensado com validade vencida há 8 meses
  • Pacotes de biscoito que já estavam mofando
  • Refrigerantes com data alterada manualmente (e mal feita, diga-se de passagem)

"Foi um daqueles dias em que você pensa 'não é possível que alguém tenha coragem'" — relatou um dos agentes, ainda visivelmente chocado.

Funcionários sob pressão

O pior de tudo? Os colaboradores eram obrigados a vender esses produtos, sob ameaça de demissão caso se recusassem. Um deles contou, sob condição de anonimato, que o patrão chegava a dizer frases como: "Se o cliente não reclamar, o problema não existe".

Parece piada, mas é a mais pura realidade. E olha que a gente nem tá falando de um camelódromo escondido, era um comércio estabelecido, com CNPJ e tudo!

O comerciante, que agora responde por crime contra as relações de consumo e contra a saúde pública, foi levado para a delegacia sem direito a "desconto". A justiça vai decidir se ele passa um tempo atrás das grades ou se "só" paga uma multa que vai doer no bolso.

Enquanto isso, os ex-funcionários — que agora estão desempregados, diga-se — buscam seus direitos na Justiça do Trabalho. Porque no final das contas, como diz o ditado, "o barato sai caro". Principalmente quando se brinca com a saúde alheia.