Biomédica de BH Ganha Direito a Adicional por Insalubridade ao Aplicar Botox — Veja os Detalhes
Biomédica ganha adicional por aplicar botox em BH

Imagine só: uma biomédica que aplica botox diariamente, exposta a riscos químicos e biológicos, sem receber um centavo a mais por isso. Pois é, essa era a realidade de uma profissional de Belo Horizonte — até agora.

Numa decisão que deve dar o que falar, a Justiça do Trabalho de Minas Gerais acaba de garantir o direito ao adicional de insalubridade para essa biomédica. Ela atuava em uma clínica de estética aplicando toxina botulínica, aquela famosa — e às vezes polêmica — substância que suaviza rugas e linhas de expressão.

O caso rolou na 5ª Vara do Trabalho de BH, e a sentença é clara: a atividade é, sim, insalubre. A juíza não teve dúvidas — a exposição a agentes biológicos e químicos durante o manuseio e aplicação do botox configura risco à saúde. E risco, como sabemos, tem preço.

E não foi pouco: a profissional receberá retroativos e, a partir de agora, um adicional de 20% sobre seu salário. Uma vitória que pode abrir portas — e processos — para muitos outros biomédicos e profissionais da estética pelo país.

O que motivou a decisão?

A verdade é que a aplicação de botox não é brincadeira. Envolve agulhas, substâncias ativas e um cuidado danado para evitar contaminações ou efeitos adversos. A defesa da biomédica argumentou — com razão — que ela lidava diretamente com material biológico e compostos que, se inalados ou manuseados incorretamente, poderiam causar sérios problemas.

A clínica tentou rebater, dizendo que seguia todos os protocolos… Mas a Justiça não comprou. Afinal, protocolo ou não, o risco existe. E ele está lá, todo santo dia, no cotidiano desses profissionais.

E agora, o que muda?

Bom, essa decisão não é só sobre uma biomédica em BH. É sobre um reconhecimento. Um lembrete de que certas profissões — ainda que em ambientes limpos e climatizados — carregam perigos invisíveis.

Será que outras categorias vão se inspirar nesse caso? Tudo indica que sim. Profissionais da área estética, biomédicos, até mesmo enfermeiros e técnicos que manuseiam produtos similares podem — e devem — ficar de olho.

No fim das contas, a mensagem é clara: trabalho de risco merece respeito — e compensação. E que fique o aviso: a Justiça está de olho.