Silas Malafaia: A polêmica trajetória do pastor midiático que virou notícia no Rio
Silas Malafaia: a polêmica trajetória do pastor midiático

Ah, o pastor Silas Malafaia. O nome já causa reações das mais diversas, não é mesmo? Ou você ama, ou… bem, digamos que não exatamente. O fato é que esse carioca da gema, nascido e criado no Rio de Janeiro, se tornou uma das figuras mais polarizadoras do cenário religioso brasileiro.

Com uma trajetória que mistura púlpito, política e muito, mas muito dinheiro, Malafaia não é exatamente o que se pode chamar de discreto. Sua atuação como líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo vai muito além dos sermões dominicais – é quase um espetáculo midiático, com direito a opiniões contundentes e um poder de influência que chega aos corredores do poder.

De pregador a magnata da fé: a construção de um império

Começou humilde, como quase todo mundo. Mas olha, humilde mesmo – filho de operário, criado no subúrbio carioca. A virada veio com a teologia e uma lábia que, convenhamos, não é para qualquer um. Fundou sua igreja em 1993, e desde então… caramba, o crescimento foi coisa de filme.

Hoje, estamos falando de uma rede com mais de mil congregações espalhadas pelo Brasil. Mil! E não para por aí – o homem expandiu para Portugal, porque por que não? Sua presença na mídia é avassaladora: programas de TV, rádio, internet… você não escapa.

O polêmico nas entrelinhas

Onde tem Malafaia, tem debate. E como tem! Suas posições sobre homossexualidade então… puxa vida, geram mais calor que o asfalto carioca no verão. Ele não economiza nas palavras – chamou o movimento LGBTQIA+ de "mimimi" e defendeu até terapia de conversão, aquela prática que muita gente considera tortura disfarçada.

Mas espera aí que tem mais. Suas opiniões sobre aborto são igualmente incendiárias, e quando o assunto é política… meu amigo, melhor se preparar. Ele não só opina como escolhe candidatos, faz campanha, mobiliza fiéis – basicamente, é um cabo eleitoral de peso pesado.

Dinheiro, muito dinheiro e… mais dinheiro

Agora vamos falar do elefante na sala: a grana. O patrimônio do pastor é assunto que rende – e como rende! Estima-se que sua igreja movimente uma fortuna colossal, com direito a jatinho particular, carros de luxo e propriedades que fariam qualquer um suspirar.

Claro que isso tudo gera perguntas. Muitas perguntas. De onde vem tanto dinheiro? São doações dos fiéis? Livros? Palestras? Ninguém sabe ao certo, mas uma coisa é clara: o estilo de vida é… digamos, confortável. Muito confortável.

As tretas jurídicas

E não poderia ser diferente – tanto barulho acabou parando na Justiça. Processos por discriminação, por enriquecimento ilícito, por lavagem de dinheiro… a lista é longa. Ele nega tudo, claro, e se diz vítima de perseguição religiosa. Conveniente, não?

Em 2023, a coisa ficou feia – a Receita Federal decidiu dar uma olhada mais de perto nas contas dele. Alegando sonegação fiscal, bloquearam nada menos que R$ 1,2 milhão em bens. Malafaia gritou aos céus, dizendo que era perseguição pura. A justiça ainda não decidiu.

O poder por trás da cruz

O que realmente impressiona – ou assusta, dependendo do seu ponto de vista – é a influência política desse homem. Ele não fica apenas nos púlpitos: vai para os gabinetes, para as reuniões, para as articulações. Durante os governos Bolsonaro, então, era quase uma extensão do poder.

Defendeu o então presidente com unhas e dentes, mobilizou a base evangélica, fez campanha aberta. Críticos dizem que havia uma troca de favores – apoio político em troca de influência religiosa. Ele nega, naturalmente.

O legado controverso

No final das contas, como definir Silas Malafaia? Um homem de fé ou um empresário da religião? Um defensor dos valores tradicionais ou um promotor de discórdia? A resposta… bem, depende de quem você pergunta.

Uma coisa é certa: ele não passa despercebido. Seja amado ou odiado, ignorá-lo é impossível. E no cenário atual do Brasil, onde religião e política se misturam cada vez mais, figuras como a dele tendem a ganhar ainda mais espaço.

Restando apenas uma pergunta: até onde vai esse poder? Só o tempo – e talvez a Justiça – dirão.