
O clima em Brasília está mais quente que o habitual — e não é por causa do verão. A bancada evangélica decidiu entrar em campo depois que o nome do pastor Silas Malafaia apareceu num daqueles inquéritos que dão nó no estômago de qualquer um. A coisa tá feia, mas eles não pretendem ficar de braços cruzados.
O que diabos está acontecendo?
Pois é, o Ministério Público Federal resolveu incluir o famoso telepastor numa investigação sobre disseminação de notícias falsas. Malafaia, aquele que nunca fala baixo, agora é alvo de um inquérito que já virou um verdadeiro vespeiro político.
— Não dá pra engolir uma coisa dessas — disparou um deputado da bancada, com a cara vermelha de indignação. — Isso aqui tá com cheiro de perseguição religiosa!
Reação em cadeia
Quando a notícia vazou, foi aquela correria nos gabinetes do Congresso:
- Reuniões de emergência marcadas a toque de caixa
- Telefones tocando sem parar
- Mensagens bombando nos grupos de WhatsApp
Até o café da manhã do presidente da Câmara virou palco de discussões acaloradas. Ninguém esperava que o caso fosse explodir dessa maneira.
Argumentos da defesa
Os aliados do pastor — e são muitos — argumentam que ele está sendo vítima de um ataque político disfarçado. "Liberdade de expressão não é crime", bradam alguns. Outros vão além e falam em "censura religiosa", como se o STF tivesse declarado guerra às igrejas.
Mas será que é só isso mesmo? Entre um discurso inflamado e outro, dá pra perceber que a situação é bem mais complexa do que parece.
O outro lado da moeda
Enquanto os evangélicos fazem barulho, os juristas mais cautelosos tentam explicar — muitas vezes em vão — que o inquérito não é sobre pregação religiosa, mas sobre possíveis excessos na disseminação de informações.
— Ninguém tá questionando a fé de ninguém — insiste um procurador que prefere não se identificar. — A questão é saber se houve ou não abuso do direito de se expressar.
Mas convenhamos: quando o assunto envolve religião e política no Brasil, a razão costuma ser a primeira vítima.
E agora?
O caso promete render ainda muita tinta nos jornais e discussões intermináveis. Enquanto isso:
- A bancada evangélica promete pressionar por esclarecimentos
- Malafaia continua sua rotina de pregações, mas com os olhos do judiciário em cima
- O STF se vê mais uma vez no centro de uma tempestade política
Uma coisa é certa: esse caso vai deixar marcas — e não só no mundo religioso. A relação entre igrejas e Estado no Brasil nunca mais será a mesma depois dessa.