Sindimed frustrado: reunião com SESAB não avança em demandas da categoria médica
Sindimed critica falta de avanços em reunião com SESAB

Parece que a corda arrebentou do lado mais fraco. Nesta segunda-feira (19), o Sindimed (Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia) saiu de uma reunião com a SESAB (Secretaria de Saúde da Bahia) com um gosto amargo na boca. Segundo a entidade, o encontro — que durou quase três horas — foi mais do mesmo: promessas vagas e zero avanços concretos.

"É como enxugar gelo", resumiu um dos representantes do sindicato, que preferiu não se identificar. A pauta? Aquela que todo mundo já cansou de ouvir: melhores condições de trabalho, reajuste salarial digno e — pasmem — até equipamentos básicos de proteção continuam sendo itens de luxo para muitos profissionais.

O que estava em jogo?

Na mesa de negociações, três pontos cruciais:

  • Reajuste salarial de 15,8% (sim, a inflação também comeu o salário dos médicos)
  • Pagamento de plantões atrasados (alguns desde o ano passado!)
  • Melhoria nas estruturas das unidades de saúde (onde falta até álcool em gel)

Mas adivinhem? Segundo o Sindimed, a SESAB chegou com "propostas genéricas" e sem "nenhuma garantia por escrito". Traduzindo: muito bla-bla-blá e pouca ação.

E agora, José?

O clima entre os médicos anda mais tenso que corda de violino em show de rock. Com a negociação emperrada, o sindicato já avisa: "Não descartamos nenhuma medida". Isso pode significar desde novas assembleias até — quem sabe? — paralisações. A bola agora está com o governo estadual.

Enquanto isso, nos corredores dos hospitais públicos, o desânimo é palpável. "A gente se mata de trabalhar, arrisca a vida na pandemia, e no fim somos tratados como números", desabafa uma médica que atua na periferia de Salvador.

O pior? Essa novela já dura meses. Desde abril, quando começaram as negociações, pouco ou nada mudou. E os médicos? Continuam esperando — alguns com o bolso vazio, outros com a paciência no limite.