
Pois é, meus amigos. A cidade segue pulsando, os problemas se acumulam, e o que faz a nossa Câmara de Vereadores? Dá um belo de um faltou vontade. Nesta segunda-feira, 19 de agosto, o plenário ficou mais vazio que estádio de time pequeno em dia de semana.
Era pra ser um dia normal de trabalho, uma sessão ordinária como qualquer outra. Só que aí a realidade resolveu dar as caras: dos 43 vereadores, apenas 14 tiveram a dignidade de comparecer. Quatorze! Nem a metade do necessário para, você sabe, fazer funcionar a coisa toda.
O presidente da Casa, vereador Geraldo Jr. (MDB), não deve ter acreditado. Ele esperou, esperou… e nada. O relógio avançava e o plenário continuava com mais eco do que gente. Às 10h46, a frustração falou mais alto: sessão cancelada. Ponto final.
E o que ficou pra trás? Uma pauta que, convenhamos, não ia mudar o mundo, mas era importante. Homenagens, projetos de lei – tudo jogado no lixo por pura e simples negligência. É de lascar, não é?
O Voto que Some
O pior de tudo é que isso não é um fato isolado, uma exceção. Quem acompanha o legislativo municipal sabe que essa cultura do absenteísmo é quase crônica. Os caras se elegem, fazem a festa na campanha, e depois some. O compromisso com o povo? Fica lá embaixo da lista de prioridades.
É uma falta de respeito tremenda com o cidadão que acorda cedo, pega busão lotado e batalha o dia inteiro. Enquanto isso, alguns 'representantes' nem sequer aparecem para cumprir o mínimo do mínimo. Dá uma raiva, uma sensação de impotência…
E Agora, José?
A pergunta que fica é: o que fazer? Como cobrar essa turma que some quando bem entende? A população fica refém de um jogo político onde as regras parecem ser feitas só para beneficiar quem está dentro. A agenda da semana fica prejudicada, e os projetos que dependem de votação – muitos deles de interesse direto da população – seguem empacados.
Enfim, mais um capítulo vergonhoso na política soteropolitana. Um dia comum em que o serviço público foi, mais uma vez, deixado de lado. E a gente aqui, pagando os boletos e torcendo para que um dia a coisa mude. Até lá, é acompanhar o vazio.