Rio 2024: Quem Enfrenta Paes? Direita Fluminense Tem Quatro Apostas na Mesa
Rio 2024: Quem Enfrenta Paes? Direita Tem 4 Nomes

O Rio de Janeiro, ah, o Rio… cidade maravilhosa e, convenhamos, um verdadeiro tabuleiro de xadrez político. E como todo bom jogo, as peças começam a se mover bem antes do apito inicial. O que se vê por aqui é uma movimentação surpreendente—e um tanto caótica—nos bastidores da direita para encontrar um nome forte o suficiente para tirar o sorriso confiante do prefeito Eduardo Paes.

Não é tarefa das mais fáceis, diga-se de passagem. Paes, com toda sua experiência e jeito malandro de ser, parece uma montanha a ser escalada. Mas a oposição não está de braços cruzados. Longe disso. Eles estão fuçando, negociando e tentando costurar uma união que, francamente, parece mais difícil que passar uma camelo no fundo de uma agulha.

Os Quatro Pretendentes ao Trono (Ou ao Cadafalso)

Quatro nomes pipocam com insistência nos corredores da Câmara e nos cafezinhos de Copacabana. Cada um com seus prós, seus contras e uma boa dose de esperança—ou talvez só ilusão mesmo.

1. Carlos Jordy (PL): O Bolsonarista Raiz

O deputado federal é, sem dúvida, o que tem o coração mais próximo do núcleo duro do bolsonarismo. Ele mesmo já deu uma de modesto e disse que é «nome de vice», mas todo mundo sabe que no jogo político, quem nega é porque quer. A força dele está na base ideológica, fiel e barulhenta. O problema? Justamente conseguir ampliar esse appeal para além da galera que já veste a camisa. Conquistar o eleitorado moderado será como cruzar a Baía de Guanabara a nado—possível, mas exaustivo.

2. Alexandre Ramagem (PL): O Homem da Segurança

Ex-diretor da ABIN e ex-comandante da Guarda Municipal do Rio, Ramagem é a aposta na pauta que mais tira o sono do carioca: a segurança pública. A imagem de gestor técnico e experiente é seu maior trunfo. Por outro lado, sua ligação com a família Bolsonaro pode ser uma faca de dois gumes—atrai os fiéis, mas assusta os indecisos. Uma candidatura dele seria um plebiscito sobre a gestão Crivella e, ao mesmo tempo, um teste sobre o apetite por um nome «policial» na prefeitura.

3. Daniela Carneiro (União Brasil): A Fora-Tempore

A ex-ministra do Turismo e ex-prefeita de Belford Roxo é a wildcard da disputa. Ela tem trânsito, experiência local e um perfil que, em tese, poderia agradar a vários espectros. Mas a política é um campo minado. Sua saída do governo Lula deixou um gosto amargo em muita gente, e sua capacidade de mobilizar eleitores beyond Baixada Fluminense ainda é uma incógnita gigantesca. Será que ela consegue virar o jogo?

4. Tarcísio Motta (PSOL)? O Cavalo de Tróia?

Calma, não é o que você está pensando. A ideia aqui—e olha que é mirabolante—é que a direita apoie o vereador do PSOL para forçar um segundo turno e dividir a esquerda. Sim, é tão complexo e arriscado quanto parece. Motta tem sua base, mas será que a direita fluminense está mesmo disposta a abraçar um nome do PSOL, mesmo que por estratégia? Eu duvido—e muito.

No fim das contas, a grande questão que fica no ar é: será que alguém consegue mesmo bater de frente com o Paes? O prefeito parece confortável, quase intocável. Mas a política carioca já nos ensinou que maré muda rápido—às vezes mais rápido que o tempo na Praia de Ipanema.

O que vai rolar mesmo? Só o tempo—e muito jogo de cena—vai dizer. Uma coisa é certa: o Rio não vai ficar entediado.