
Eis que a Câmara Municipal de Presidente Prudente resolveu mexer no vespeiro. Numa votação que deixou muita gente de cabelo em pé, aprovaram a criação de 20 cargos comissionados para assessores de políticas governamentais. Alguém aí sentiu o cheiro de politicagem no ar?
Pois é. Enquanto o povão reclama de filas no SUS e buracos nas ruas, os vereadores decidiram que o que a cidade realmente precisa é de mais assessores. Pelo menos é o que dizem os defensores da medida — que juraram de pés juntos que esses cargos são "estratégicos para o desenvolvimento local".
Os detalhes que você não viu na TV
O projeto passou como faca quente na manteiga, mas não sem antes causar um rebu:
- Salários ainda não divulgados (sempre essa história, né?)
- Critérios de seleção? Bem... vamos dizer que não estão tão claros assim
- E o mais importante: de onde sairá o dinheiro para bancar isso?
Um vereador da oposição — que pediu para não ser identificado — soltou a pérola: "Isso é cabide de emprego disfarçado de necessidade pública". Já os governistas rebatem dizendo que a medida vai "modernizar a gestão". Modernizar ou engordar a máquina pública? Eis a questão.
E o contribuinte nessa história?
Enquanto isso, na fila do pão, Dona Maria — que paga seus impostos em dia — pergunta: "Mais cargos? Pra quê? A gente tá é precisando de médico e asfalto!". Difícil discordar, não?
O que me lembra uma coisa: ano que vem tem eleição municipal. Coincidência? Eu acho que não. A história se repete como novela das nove — todo mundo já sabe o final, mas finge que não.