
Eis que a cena política de Salvador ganha um novo capítulo — desses que deixam o burburinho dos corredores do poder ainda mais intenso. A vereadora Débora Santana, nome que não passa despercebido nas discussões municipais, resolveu dar um tempo. Sim, ela pediu licença da Câmara, e o assunto já rende conversas desde o café da manhã até as reuniões de gabinete.
Não foi algo abrupto, mas também não dá pra dizer que esperávamos. A vida política, como um jogo de xadrez, tem suas jogadas calculadas — e outras que simplesmente acontecem. Débora, que sempre esteve envolvida em pautas ligadas à educação e infraestrutura, alegou "motivos pessoais" para o afastamento. Coisa de quem precisa respirar fora do ritmo alucinante do legislativo, sabe?
O que muda na Câmara?
Sem rodeios: a ausência dela deixa um voto a menos nas votações mais acirradas. A bancada que costuma alinhar com suas propostas — especialmente aquelas voltadas para zonas carentes da cidade — terá que se reorganizar. "É como perder uma peça importante no meio do jogo", comentou um colega de parlamento, preferindo não se identificar.
Ah, e tem mais! A licença tem prazo: 120 dias. Quase quatro meses longe dos holofotes, mas com direito a retorno garantido. Enquanto isso, seu suplente assume o cargo, um novato que mal terminou de decorar os números dos gabinetes. Será que ele consegue manter o ritmo? A cidade aguarda.
E os projetos em andamento?
Dos cinco projetos de lei que ela liderava, três estão parados no meio do caminho — incluindo aquele polêmico sobre revitalização de praças na periferia. Os assessores garantem que tudo continuará sendo tocado, mas... (aqui vem aquele silêncio eloquente). Na política, promessa é como vento: todo mundo sente, mas ninguém segura.
Curiosidade: essa não é a primeira vez que Débora se afasta. Em 2022, ela ficou dois meses fora após uma cirurgia. Dessa vez, porém, o clima é diferente. Nada de boletins médicos, apenas um discreto "preciso me cuidar". Resta saber se, quando voltar, a maré estará a seu favor.