Câmara Legislativa do DF volta às atividades com foco no PDOT: o que esperar?
Câmara do DF retoma debates sobre PDOT

Depois de um período de descanso — que alguns chamariam de "respiro estratégico" —, a Câmara Legislativa do Distrito Federal está de volta aos trabalhos com a corda toda. E o assunto que domina as conversas nos corredores? O famigerado PDOT.

Para quem não está por dentro da sigla, trata-se do Plano Diretor de Ordenamento Territorial, aquele documento capaz de fazer urbanistas vibrarem de emoção ou torcerem o nariz, dependendo do que vier por aí.

O que está em jogo?

Nada menos que o futuro do crescimento da capital federal. O DF — essa mistura peculiar de cidade e estado — sempre teve seus desafios na hora de organizar o espaço. De um lado, o Plano Piloto, patrimônio da humanidade. De outro, as regiões administrativas que não param de crescer, quase sem aviso prévio.

Os parlamentares voltaram com a bateria recarregada (ou pelo menos é o que dizem). Na pauta:

  • Revisão das diretrizes de ocupação do solo
  • Novas regras para verticalização
  • Polêmicas sobre áreas de preservação versus expansão urbana

E olha que interessante: enquanto alguns defendem um DF mais compacto, outros falam em "direito à cidade" para todas as regiões. Difícil agradar a gregos e troianos, não?

O timing é tudo

Quem acompanha política sabe — tem horas que o relógio parece acelerar. Com eleições no horizonte, a pressa para aprovar o PDOT antes do fim do mandato é quase palpável. Será que vão conseguir?

"Temos um desafio hercúleo pela frente", admitiu um deputado que preferiu não se identificar. "Mas o DF não pode esperar mais."

Enquanto isso, urbanistas observam com atenção — alguns com esperança, outros com certo ceticismo. Afinal, planos diretores no Brasil têm histórias de amor e ódio com a realidade.

Uma coisa é certa: as discussões prometem esquentar nos próximos meses. E Brasília — essa cidade que nunca para de se reinventar — está de olho.