Prefeito de BH Troca Guardas por Mediadores em Postos de Saúde: Uma Revolução na Segurança Pública?
BH troca guardas por mediadores em postos de saúde

Eis que Belo Horizonte decide dar uma guinada radical na segurança dos postos de saúde. O prefeito Fuad Noman anunciou, nesta segunda-feira (26), que os tradicionais guardas municipais serão substituídos por... mediadores de conflitos. Sim, você leu direito.

Não é brincadeira, não. A partir de agora, quem vai lidar com aquelas situações tensas que todo mundo conhece — discussões, filas intermináveis, nervos à flor da pele — serão profissionais treinados especificamente para acalmar os ânimos. Uma mudança e tanto, hein?

Mas por que essa mudança?

Fuad explica, com aquela paciência de quem já viu de tudo, que a ideia é humanizar o atendimento. "A gente precisa entender que as pessoas chegam aqui fragilizadas, com dor, com medo. Às vezes, só precisam de alguém que escute", disse o prefeito, durante o anúncio.

Os mediadores — que vão atuar em duplas, sempre — receberão um treinamento intensivo de 40 horas. E olha, o curso não é moleza não: inclui até técnicas de psicologia para desarmar conflitos sem precisar levantar a voz.

E os guardas municipais?

Calma, ninguém vai ficar na rua da amargura. Os agentes que hoje trabalham nas unidades de saúde serão realocados para outras funções. A Secretaria Municipal de Segurança garante que vai aproveitar a experiência deles em outras frentes de trabalho.

Mas é claro que a medida não agradou a todos. Tem gente torcendo o nariz, questionando se mediadores conseguirão lidar com situações realmente graves. "E se alguém armar um barraco?", pergunta uma senhora que preferiu não se identificar. Boa pergunta, dona Maria.

O prefeito, no entanto, parece confiante. "Já testamos o modelo em algumas unidades e os resultados foram surpreendentes. As pessoas se acalmam quando são ouvidas", afirma Noman, com aquele jeito tranquilo que só mineiro tem.

Restam dúvidas? Claro que sim. Mas uma coisa é certa: Belo Horizonte está tentando escrever um novo capítulo na relação entre poder público e população. Será que vai dar certo? Só o tempo — e muita mediação — dirão.