Comércio de Presidente Prudente se revolta com proposta de aumentar número de vereadores
ACIP repudia aumento de vereadores em Presidente Prudente

Não é todo dia que a classe empresarial de Presidente Prudente solta o verbo com tanta veemência. Mas quando o assunto é dinheiro público — ou melhor, desperdício — a coisa esquenta. E como!

A Associação Comercial e Industrial (ACIP) soltou um comunicado que mais parece um grito de guerra contra a proposta de aumentar o número de vereadores na cidade. "Profunda indignação" foi o termo usado — e olha que esses empresários costumam medir as palavras.

O que está pegando?

Parece que alguém na Câmara Municipal achou que era boa ideia encher o legislativo com mais políticos. Só que esqueceram de avisar os contribuintes — aqueles que pagam a conta no final do mês.

"Num momento em que o comércio está se reinventando pra sobreviver, vem essa?", questiona um lojista do centro, que prefere não se identificar. Ele não está sozinho nessa frustração.

Os números que doem

Calcula-se que cada novo vereador custe aos cofres públicos algo em torno de R$ 1 milhão por ano. Multiplique isso por quantos cargos a mais querem criar... Faz as contas aí enquanto eu pego um analgésico.

  • Custo anual estimado: R$ 1 milhão por vereador
  • Estrutura necessária: gabinetes, assessores, verbas de gabinete
  • Impacto real: menos dinheiro pra saúde, educação e infraestrutura

Não é difícil entender por que a ACIP está com os cabelos em pé. "Isso é um tiro no pé da administração pública", dispara o presidente da entidade, sem papas na língua.

E o povo com isso?

Enquanto isso, nas ruas, o cidadão comum coça a cabeça. "Mais político? Pra quê?", pergunta uma aposentada enquanto espera o ônibus lotado. Ela tem um ponto — e não é só o de ônibus.

Nas redes sociais, a revolta parece unânime. "Já tá difícil pagar as contas, agora vão aumentar a mamata?", escreve um usuário. Outro completa: "Deviam era reduzir, não aumentar!".

O clima é de perplexidade geral. Até quando a política vai continuar dando as costas para a realidade do cidadão? Essa é a pergunta que não quer calar em Presidente Prudente.