Histórico na Bahia: Primeira tenente-coronela assume comando de batalhão em Serrinha
1ª tenente-coronela comanda batalhão da PM em Serrinha

Parece que os tempos estão mesmo mudando — e pra melhor. Nesta quarta-feira, algo extraordinário aconteceu na pacata Serrinha, no interior baiano. A Major Karla Santos, carregando nos ombros não apenas suas novas insígnias, mas o peso de uma quebra de paradigma histórico, assumiu oficialmente o comando do 16° Batalhão de Polícia Militar.

E não foi uma posse qualquer, não. A cerimônia, diga-se de passagem bastante concorrida, marcou a primeira vez — sim, a primeira! — que uma oficial do posto de tenente-coronela assume as rédeas de uma unidade operacional na história da PM baiana. Algo que até pouco tempo atrás parecia distante, quase utópico.

Uma trajetória que inspira

Karla não chegou até aqui por acaso. Com mais de duas décadas de dedicação à corporação — vinte e dois anos, pra ser exato — ela construiu uma carreira sólida, pautada por competência e um compromisso inabalável com o serviço público. Quem acompanha de perto sabe: essa promoção é mais do que merecida.

O coronel Anselmo Brandão, durante a solenidade, não economizou elogios. "Temos orgulho de ver uma profissional tão capacitada assumindo este desafio", afirmou, com aquela voz firme que só os comandantes têm. "Sua trajetória serve de exemplo para todas as mulheres que almejam crescer na instituição."

O que significa esse marco?

Pensa bem: uma mulher no comando de um batalhão policial no interior da Bahia. Isso é gigantesco! Representa não apenas o reconhecimento individual do trabalho da Major Karla, mas sinaliza uma mudança estrutural nas oportunidades oferecidas às mulheres nas forças de segurança.

  • Quebra de barreiras históricas de gênero
  • Inspiração para novas gerações de policiais mulheres
  • Diversidade nos espaços de decisão
  • Modernização da instituição

E olha que interessante: a posse aconteceu justamente no 16° BPM, unidade que tem jurisdição sobre Serrinha e outros sete municípios da região. Uma área considerável, com desafios únicos que exigem tanto pulso firme quanto sensibilidade social — qualidades que, convenhamos, a Major Karla demonstra ter de sobra.

Para onde caminhamos?

Esse evento histórico — e é histórico mesmo, sem exageros — faz a gente refletir sobre o longo caminho percorrido e o que ainda está por vir. A verdade é que cada barreira que cai abre espaço para mais conquistas. Quem diria, alguns anos atrás, que veríamos uma cena como essa em Serrinha?

Agora, com a tenente-coronela Karla Santos no comando, o 16° Batalhão inicia uma nova fase. Resta torcer — e trabalhar — para que esse seja apenas o primeiro de muitos exemplos de que competence não tem gênero, e que lugar de mulher é onde ela quiser estar, especialmente nos espaços de poder e decisão.

O futuro, pelo visto, chegou mais cedo no interior da Bahia. E veio de farda.