
O cenário político de Manaus está pegando fogo, e não é só por causa do calor amazônico. O Ministério Público Federal resolveu botar a boca no trombone e mandou um recado direto para a Câmara Municipal sobre uma situação que, francamente, cheira mal há tempos.
Jaildo Oliveira, esse mesmo vereador que você talvez conheça das manchetes locais, foi condenado por improbidade administrativa. E não foi ontem — a sentença saiu em abril, mas parece que ninguém na Câmara estava com pressa para tomar providências.
O pulo do gato que ninguém viu
O que realmente chama atenção — e aqui eu confesso que fiquei boquiaberto — é que o MPF descobriu que a condenação do vereador simplesmente não constava no seu cadastro perante a Câmara. Como assim? Parece aquela história de "esqueci" de declarar o imposto de renda, só que em escala institucional.
O procurador da República Bruno Sozzi não ficou só na reclamação. Ele foi direto ao ponto: sugeriu a abertura de processo administrativo para cassação do mandato do vereador. E ainda deu um prazo — 15 dias — para que a Casa se manifeste sobre as providências que pretende tomar.
Os detalhes que fazem diferença
A condenação não foi por qualquer coisinha. A 12ª Vara Federal do Amazonas considerou que Oliveira cometeu atos de improbidade ao usar estrutura pública para fins eleitorais em 2020. A multa? Nada menos que R$ 52,6 mil.
E tem mais — o vereador ficou proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais por três anos. Uma verdadeira bomba para qualquer político.
O que me deixa pensando: quantos casos assim passam despercebidos por aí? A sensação é que só quando o MPF bate na porta é que as coisas acontecem.
E agora, o que esperar?
A Câmara tem até o dia 23 deste mês para responder ao MPF. E cá entre nós, vai ser interessante ver como os colegas de legislativo vão lidar com essa situação constrangedora.
O caso já está nas mãos do corregedor da Casa, vereador Mário Frota, que terá que decidir como proceder. Alguém aposta que vai ser uma decisão tranquila? Eu duvido.
Enquanto isso, a população fica naquele limbo — mais um político envolvido em problemas, mais uma história que abala a já combalida confiança nas instituições. E o pior: isso tudo acontece enquanto os reais problemas da cidade esperam por soluções.
Resta saber se dessa vez a justiça vai prevalecer — ou se vamos ter mais um daqueles casos que se arrastam até cair no esquecimento. Torço pela primeira opção, mas confesso que o ceticismo bate forte.