Moraes impõe vigilância máxima: tornozeleiras de Cid Collor, Chiquinho Brazão e outros terão atualização diária
Moraes impõe vigilância máxima em tornozeleiras

O ministro Alexandre de Moraes não está para brincadeira. E dessa vez a mão pesou ainda mais sobre os acusados pelos ataques de 8 de janeiro. Em decisão que chega como um verdadeiro terremoto nos gabinetes dos advogados de defesa, o magistrado determinou que as tornozeleiras eletrônicas de figuras como Cid Collor e Chiquinho Brazão passem por atualizações diárias. Todo santo dia.

Parece exagero? Pois é exatamente essa a intenção. O monitoramento, que antes era mais flexível, agora vai funcionar praticamente em tempo real. A Polícia Federal recebeu ordens expressas para verificar, todos os dias, se os dispositivos estão funcionando perfeitamente e se os investigados estão respeitando os limites impostos pela Justiça.

Lista de vigiados inclui nomes pesados

Além de Cid Collor e Chiquinho Brazão, a lista dos que terão sua liberdade vigiada de perto inclui outros cinco nomes: Admar Gonzaga, Cleriston Pereira da Silva, Danilo Soares de Sá, Filipe Barros e Marcelo de Almeida Rodrigues. Gente que, segundo o ministro, precisa ser observada com lupa.

E não é só atualização diária não. Moraes foi categórico ao afirmar que qualquer tentativa de violar as regras do monitoramento vai resultar em... prisão imediata. Sem conversa, sem rodeios. A mensagem é clara como água: quem tentar burlar o sistema vai direto para a cadeia.

O que muda na prática?

Antes as verificações podiam ser mais espaçadas, mas agora a coisa ficou séria. Imagine ter um fiscal da PF batendo na sua porta virtual todos os dias? É basicamente isso que vai acontecer. Os dispositivos eletrônicos terão que transmitir dados constantemente, e qualquer falha será tratada como possível tentativa de sabotagem.

E tem mais: o ministro deixou claro que, se for necessário, a PF tem autorização para fazer inspeções presenciais sem aviso prévio. Chega, vê como está e, se encontrar algo errado, já sabe... cana.

Parece radical? Talvez. Mas depois dos eventos traumáticos de janeiro do ano passado, o STF parece não estar mais disposto a dar nenhum tipo de margem para erro. A tolerância zerou.

Contexto que explica a rigidez

Essa decisão não veio do nada. Ela surge num momento em que o Supremo mantém sob suas asas mais de cem investigações relacionadas aos ataques aos Três Poderes. E Moraes, que já mostrou ter pulso firme antes, agora parece estar apertando ainda mais os parafusos.

O que me faz pensar: será que temos aqui um novo patamar de rigor na Justiça brasileira? A impressão que fica é que o ministro está mandando um recado não só para os investigados, mas para todo mundo que possa pensar em desafiar as instituições democráticas no futuro.

Enquanto isso, os advogados de defesa devem estar com dor de cabeça. Resta saber como vão reagir a essa enxurrada de controle diário. Uma coisa é certa: a liberdade desses homens acabou de ficar muito, mas muito mais vigiada.