
O ex-assessor jurídico do ex-presidente Jair Bolsonaro declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não houve qualquer discussão sobre um possível golpe de Estado durante o governo. O depoimento ocorreu nesta quinta-feira (30) e integra as investigações sobre alegações de tentativas de desestabilização democrática.
Segundo fontes próximas ao caso, o ex-colaborador afirmou que as reuniões no Palácio do Planalto tratavam apenas de questões administrativas e jurídicas rotineiras, sem menção a medidas extremas. "Não havia nenhum plano ou conversa nesse sentido", teria dito o depoente.
Contexto das investigações
O STF investiga supostos atos antidemocráticos após as eleições de 2022, incluindo o acampamento de apoiadores de Bolsonaro em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. As autoridades buscam determinar se houve articulação por parte de membros do governo anterior.
Analistas políticos destacam que o depoimento contradiz versões apresentadas por outros investigados, aumentando a complexidade do caso. "Cada novo testemunho parece revelar uma narrativa diferente", observou um especialista em direito constitucional.
Repercussão política
O caso continua gerando debates acalorados no cenário político brasileiro. Enquanto opositores veem nas investigações a confirmação de riscos à democracia, aliados do ex-presidente classificam o processo como perseguição política.
O Ministério Público Federal deve analisar o depoimento nas próximas semanas para decidir sobre possíveis novos encaminhamentos nas investigações.